ATA DA
CENTÉSIMA SEGUNDA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA
DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA, EM 20-10-2016.
Aos vinte dias do mês de outubro do ano de dois mil e
dezesseis, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a
segunda chamada, na qual registraram presença Adeli Sell, Airto Ferronato,
Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Elizandro Sabino,
Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Jussara Cony, Kevin
Krieger, Luciano Marcantônio, Mauro Pinheiro, Mendes Ribeiro, Paulinho
Motorista, Paulo Brum, Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha Negra.
Constatada a existência de quórum, o Presidente declarou abertos os trabalhos.
Ainda, durante a Sessão, registraram presença Delegado Cleiton, Dinho do
Grêmio, Dr. Goulart, Dr. Thiago, Guilherme Socias Villela, José Freitas, João
Bosco Vaz, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Mario Manfro, Mauro Zacher, Márcio
Bins Ely, Rodrigo Maroni, Valter Nagelstein e Waldir Canal. À MESA, foram
encaminhados: o Projeto de Resolução nº 051/16 (Processo nº 2325/16), de
autoria da Mesa Diretora; e o Projeto de Lei do Legislativo nº 219/16 (Processo
nº 2169/16), de autoria de José Freitas. Após, foi aprovado Requerimento verbal
formulado por Cassio Trogildo solicitando alteração na ordem dos trabalhos da
presente Sessão. Em PAUTA ESPECIAL, Discussão Preliminar, esteve, em 2ª Sessão,
o Projeto de Lei do Executivo nº 025/16, discutido por Sofia Cavedon e Clàudio
Janta. Às quatorze horas e trinta e seis minutos, constatada a existência de
quórum deliberativo, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em Votação, foi apreciado o
Projeto de Lei do Executivo nº 014/16 (Processo nº 1221/16). Foi votada
destacadamente e aprovada a Subemenda nº 02 à Emenda nº 09 aposta ao Projeto de
Lei do Executivo nº 014/16, por quinze votos SIM e doze votos NÃO, após ser
encaminhada à votação por Marcelo Sgarbossa, Dr. Thiago, Fernanda Melchionna,
Clàudio Janta, Airto Ferronato e Valter Nagelstein, em votação nominal
solicitada por Cassio Trogildo, tendo votado Sim Adeli Sell, Airto Ferronato,
Bernardino Vendruscolo, Delegado Cleiton, Dr. Goulart, Dr. Thiago, Fernanda
Melchionna, José Freitas, João Bosco Vaz, Jussara Cony, Mauro Zacher, Márcio
Bins Ely, Paulinho Motorista, Paulo Brum e Valter Nagelstein e votado Não
Clàudio Janta, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel,
Kevin Krieger, Lourdes Sprenger, Luciano Marcantônio, Marcelo Sgarbossa, Mauro
Pinheiro, Mendes Ribeiro, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. Na oportunidade,
foi declarada parcialmente prejudicada a Emenda nº 10 aposta ao Projeto de Lei
do Executivo nº 014/16, em face da aprovação da Subemenda nº 02 à Emenda nº 09.
Foi votada destacadamente e aprovada a Emenda nº 10 aposta ao Projeto de Lei do
Executivo nº 014/16, por treze votos SIM e nove votos NÃO, após ser encaminhada
à votação por Sofia Cavedon, em votação nominal solicitada por Cassio Trogildo,
tendo votado Sim Bernardino Vendruscolo, Clàudio Janta, Dr. Goulart, Guilherme
Socias Villela, José Freitas, João Carlos Nedel, Jussara Cony, Mauro Pinheiro,
Paulo Brum, Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal
e votado Não Adeli Sell, Airto Ferronato, Dr. Thiago, Idenir Cecchim, João
Bosco Vaz, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Mauro Zacher e Márcio Bins Ely.
A seguir, foi apregoado Requerimento de autoria de Clàudio Janta, solicitando
renovação de votação da Subemenda nº 02 à Emenda nº 09 aposta ao Projeto de Lei
do Executivo nº 014/16. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 11
aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 014/16, por nove votos SIM e dezenove
votos NÃO, após ser encaminhada à votação por Fernanda Melchionna, em votação
nominal solicitada por Cassio Trogildo, tendo votado Sim Adeli Sell, Clàudio
Janta, Delegado Cleiton, Fernanda Melchionna, Jussara Cony, Marcelo Sgarbossa,
Márcio Bins Ely, Paulinho Motorista e Sofia Cavedon e votado Não Airto
Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Dr. Goulart, Dr. Thiago, Elizandro Sabino,
Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, José Freitas, João Bosco Vaz, João
Carlos Nedel, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger, Luciano Marcantônio, Mauro
Pinheiro, Mauro Zacher, Mendes Ribeiro, Paulo Brum, Reginaldo Pujol e Valter
Nagelstein. Na ocasião, foi declarada prejudicada a Subemenda nº 01 à Emenda 11
aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 014/16, em face da rejeição da Emenda
nº 11. Foi votada destacadamente e aprovada a Emenda nº 12 aposta ao Projeto de
Lei do Executivo nº 014/16, por vinte e dois votos SIM e cinco votos NÃO, após
ser encaminhada à votação por Fernanda Melchionna, Valter Nagelstein, Adeli
Sell e Sofia Cavedon, em votação nominal solicitada por Cassio Trogildo, tendo
votado Sim Adeli Sell, Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Clàudio Janta,
Delegado Cleiton, Dinho do Grêmio, Dr. Goulart, Elizandro Sabino, Fernanda
Melchionna, José Freitas, Jussara Cony, Lourdes Sprenger, Luciano Marcantônio,
Marcelo Sgarbossa, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Márcio Bins Ely, Paulinho
Motorista, Paulo Brum, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Valter Nagelstein
e votado Não Dr. Thiago, Guilherme Socias Villela, João Carlos Nedel, Kevin
Krieger e Reginaldo Pujol. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 13
aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 014/16, por um voto SIM, vinte e
quatro votos NÃO e duas ABSTENÇÕES, após ser encaminhada à votação por Márcio
Bins Ely, Adeli Sell, Valter Nagelstein, Clàudio Janta e Reginaldo Pujol, em
votação nominal solicitada por Cassio Trogildo, tendo votado Sim Márcio Bins
Ely, votado Não Adeli Sell, Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Clàudio
Janta, Dinho do Grêmio, Dr. Goulart, Dr. Thiago, Elizandro Sabino, Guilherme
Socias Villela, José Freitas, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Jussara Cony,
Kevin Krieger, Luciano Marcantônio, Marcelo Sgarbossa, Mario Manfro, Mauro
Pinheiro, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra,
Valter Nagelstein e Waldir Canal e optado pela Abstenção Delegado Cleiton e
Reginaldo Pujol. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 14 aposta ao
Projeto de Lei do Executivo nº 014/16, por dois votos SIM e vinte e quatro
votos NÃO, após ser encaminhada à votação por Clàudio Janta, em votação nominal
solicitada por Cassio Trogildo, tendo votado Sim Clàudio Janta e Jussara Cony e
votado Não Adeli Sell, Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Delegado
Cleiton, Dinho do Grêmio, Dr. Goulart, Dr. Thiago, Fernanda Melchionna,
Guilherme Socias Villela, José Freitas, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel,
Kevin Krieger, Luciano Marcantônio, Marcelo Sgarbossa, Mauro Pinheiro, Mauro
Zacher, Márcio Bins Ely, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Reginaldo Pujol, Sofia
Cavedon, Valter Nagelstein e Waldir Canal. Foi votada destacadamente e rejeitada
a Emenda nº 15 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 014/16, por doze votos
SIM e dezesseis votos NÃO, após ser encaminhada à votação por Clàudio Janta, em
votação nominal solicitada por Cassio Trogildo, tendo votado Sim Airto
Ferronato, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dr. Goulart, Fernanda Melchionna,
Jussara Cony, Marcelo Sgarbossa, Mario Manfro, Márcio Bins Ely, Paulinho
Motorista, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha Negra e votado Não Adeli Sell, Dinho
do Grêmio, Elizandro Sabino, Guilherme Socias Villela, José Freitas, João Bosco
Vaz, João Carlos Nedel, Kevin Krieger, Luciano Marcantônio, Mauro Pinheiro,
Mauro Zacher, Mendes Ribeiro, Paulo Brum, Reginaldo Pujol, Valter Nagelstein e
Waldir Canal. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 16 aposta ao
Projeto de Lei do Executivo nº 014/16, por um voto SIM, vinte e sete votos NÃO
e uma ABSTENÇÃO, após ser encaminhada à votação por Clàudio Janta, em votação
nominal solicitada por Cassio Trogildo, tendo votado Sim Mauro Zacher, votado
Não Adeli Sell, Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Clàudio Janta,
Delegado Cleiton, Dinho do Grêmio, Dr. Goulart, Dr. Thiago, Elizandro Sabino,
José Freitas, João Bosco Vaz, Jussara Cony, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger,
Luciano Marcantônio, Marcelo Sgarbossa, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mendes
Ribeiro, Márcio Bins Ely, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Reginaldo Pujol,
Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra, Valter Nagelstein e Waldir Canal e optado
pela Abstenção Fernanda Melchionna. Na oportunidade, foi declarada prejudicada
a Subemenda nº 01 à Emenda nº 16 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº
014/16, em face da rejeição da Emenda nº 16. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 17 aposta
ao Projeto de Lei do Executivo nº 014/16, por um voto SIM e vinte e oito votos
NÃO, após ser encaminhada à votação por Clàudio Janta, em votação nominal
solicitada por Cassio Trogildo, tendo votado Sim Clàudio Janta e votado Não Adeli Sell, Airto Ferronato, Bernardino
Vendruscolo, Delegado Cleiton, Dinho do Grêmio, Dr. Goulart, Dr. Thiago,
Elizandro Sabino, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela, José Freitas,
João Carlos Nedel, Jussara Cony, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger, Luciano
Marcantônio, Marcelo Sgarbossa, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Mendes
Ribeiro, Márcio Bins Ely, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Reginaldo Pujol,
Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Valter Nagelstein. Foi votada
destacadamente e rejeitada a Emenda nº 18 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 014/16, por
seis votos SIM e vinte e três votos NÃO, após ser encaminhada à votação por
Clàudio Janta, em votação nominal solicitada por Cassio Trogildo, tendo votado
Sim Clàudio Janta, Elizandro Sabino, Fernanda Melchionna, Lourdes Sprenger,
Mario Manfro e Paulinho Motorista e votado Não Adeli Sell, Airto Ferronato,
Bernardino Vendruscolo, Delegado Cleiton, Dinho do Grêmio, Dr. Goulart, Dr.
Thiago, Guilherme Socias Villela, José Freitas, João Bosco Vaz, João Carlos
Nedel, Jussara Cony, Kevin Krieger, Luciano Marcantônio, Marcelo Sgarbossa,
Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Mendes Ribeiro, Márcio Bins Ely, Paulo Brum,
Reginaldo Pujol, Tarciso Flecha Negra e Valter Nagelstein. Foi votada
destacadamente e rejeitada a Emenda nº 19 aposta ao Projeto de Lei do Executivo
nº 014/16, por dois votos SIM e vinte e seis votos NÃO, após ser encaminhada à
votação por Clàudio Janta e Fernanda Melchionna, em votação nominal solicitada
por Cassio Trogildo, tendo votado Sim Clàudio Janta e Tarciso Flecha Negra e
votado Não Adeli Sell, Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Delegado
Cleiton, Dinho do Grêmio, Dr. Goulart, Elizandro Sabino, Fernanda Melchionna,
Guilherme Socias Villela, José Freitas, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel,
Jussara Cony, Kevin Krieger, Luciano Marcantônio, Marcelo Sgarbossa, Mario
Manfro, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Mendes Ribeiro, Márcio Bins Ely, Paulinho
Motorista, Paulo Brum, Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon e Valter Nagelstein. Foi
votada destacadamente e aprovada a Emenda nº 20 aposta ao Projeto de Lei do
Executivo nº 014/16, por dezessete votos SIM e dez votos NÃO, após ser
encaminhada à votação por Clàudio Janta, em votação nominal solicitada por
Cassio Trogildo, tendo votado Sim Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dinho do
Grêmio, Dr. Thiago, Elizandro Sabino, Fernanda Melchionna, João Bosco Vaz,
Jussara Cony, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger, Luciano Marcantônio, Marcelo
Sgarbossa, Mario Manfro, Mendes Ribeiro, Paulinho Motorista, Sofia Cavedon e
Tarciso Flecha Negra e votado Não Adeli Sell, Guilherme Socias Villela, José Freitas,
João Carlos Nedel, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Paulo Brum, Reginaldo Pujol,
Valter Nagelstein e Waldir Canal. Foi votada destacadamente e rejeitada a
Emenda nº 22 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 014/16, por um voto SIM,
vinte e cinco votos NÃO e duas ABSTENÇÕES, após ser encaminhada à votação por
Fernanda Melchionna, Clàudio Janta, Adeli Sell, Mauro Pinheiro e Elizandro
Sabino, em votação nominal solicitada por Cassio Trogildo, tendo votado Sim
Dinho do Grêmio, votado Não Adeli Sell, Airto Ferronato, Bernardino
Vendruscolo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Elizandro Sabino, Fernanda
Melchionna, Guilherme Socias Villela, José Freitas, João Bosco Vaz, João Carlos
Nedel, Jussara Cony, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger, Luciano Marcantônio, Marcelo
Sgarbossa, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Mendes Ribeiro, Paulinho
Motorista, Paulo Brum, Sofia Cavedon, Valter Nagelstein e Waldir Canal e optado
pela Abstenção Reginaldo Pujol e Tarciso Flecha Negra. Foi votada
destacadamente e rejeitada a Emenda nº 23 aposta ao Projeto de Lei do Executivo
nº 014/16, por seis votos SIM e vinte e quatro votos NÃO, em votação nominal
solicitada por Cassio Trogildo, tendo votado Sim Clàudio Janta, Dr. Thiago,
Fernanda Melchionna, Jussara Cony, Marcelo Sgarbossa e Sofia Cavedon e votado
Não Adeli Sell, Airto Ferronato, Delegado Cleiton, Dinho do Grêmio, Dr.
Goulart, Elizandro Sabino, Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, José
Freitas, João Carlos Nedel, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger, Luciano
Marcantônio, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Mendes Ribeiro, Márcio
Bins Ely, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Reginaldo Pujol, Tarciso Flecha
Negra, Valter Nagelstein e Waldir Canal. Foi votada destacadamente e aprovada a
Emenda nº 24 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 014/16, por dezenove
votos SIM e sete votos NÃO, após ser encaminhada à votação por Marcelo
Sgarbossa, Clàudio Janta, Idenir Cecchim, Sofia Cavedon, Dr. Thiago, Reginaldo
Pujol, Mauro Pinheiro, Fernanda Melchionna, Valter Nagelstein e Delegado
Cleiton, em votação nominal solicitada por Cassio Trogildo, tendo votado Sim
Adeli Sell, Airto Ferronato, Dr. Goulart, Dr. Thiago, Elizandro Sabino,
Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, José Freitas, Kevin Krieger, Lourdes
Sprenger, Luciano Marcantônio, Marcelo Sgarbossa, Mario Manfro, Mauro Pinheiro,
Mauro Zacher, Mendes Ribeiro, Paulinho Motorista, Paulo Brum e Valter
Nagelstein e votado Não Clàudio Janta, Delegado Cleiton, João Bosco Vaz, João
Carlos Nedel, Jussara Cony, Reginaldo Pujol e Sofia Cavedon. Foi votada
destacadamente e rejeitada a Emenda nº 26 aposta ao Projeto de Lei do Executivo
nº 014/16, por dois votos SIM e vinte e quatro votos NÃO, após ser encaminhada
à votação por Idenir Cecchim, Clàudio Janta, Dr. Thiago e Airto Ferronato, em votação
nominal solicitada por Cassio Trogildo, tendo votado Sim Bernardino Vendruscolo
e Dr. Thiago e votado Não Adeli Sell, Airto Ferronato, Clàudio Janta, Delegado
Cleiton, Dr. Goulart, Elizandro Sabino, Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim,
José Freitas, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Jussara Cony, Lourdes
Sprenger, Luciano Marcantônio, Marcelo Sgarbossa, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher,
Mendes Ribeiro, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon,
Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. Foi votada destacadamente e aprovada a
Emenda nº 27 aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 014/16, por vinte e um
votos SIM e três votos NÃO, após ser encaminhada à votação por Dr. Thiago, em
votação nominal solicitada por Cassio Trogildo, tendo votado Sim Adeli Sell,
Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dr.
Goulart, Dr. Thiago, Elizandro Sabino, Fernanda Melchionna, José Freitas, João
Bosco Vaz, Jussara Cony, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Mauro Pinheiro,
Paulinho Motorista, Paulo Brum, Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha
Negra e Waldir Canal e votado Não Idenir Cecchim, Mauro Zacher e Mendes
Ribeiro. Foi votada destacadamente e aprovada a Emenda nº 28 aposta ao Projeto
de Lei do Executivo nº 014/16, por vinte e um votos SIM e um voto NÃO, após ser
encaminhada à votação por Dr. Goulart, em votação nominal solicitada por Cassio
Trogildo, tendo votado Sim Adeli Sell,
Airto Ferronato, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dr. Thiago, Elizandro Sabino,
Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, José Freitas, João Bosco Vaz, João Carlos
Nedel, Jussara Cony, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger, Mauro Pinheiro, Paulinho
Motorista, Paulo Brum, Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e
Waldir Canal e votado Não Mauro Zacher. Na oportunidade, foi declarada
parcialmente prejudicada a Emenda nº 41 aposta ao Projeto de Lei do Executivo
nº 014/16, em face da aprovação da Emenda nº 28. Às dezoito
horas e oito minutos, constatada a inexistência de quórum deliberativo, em verificação
solicitada por Mauro Pinheiro, foi encerrada a Ordem do Dia. Os trabalhos foram
suspensos das dezoito horas e oito minutos às dezoito horas e doze minutos. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de
Lei do Legislativo nº 103/12, discutido por Clàudio Janta; em 2ª Sessão, os
Projetos de Lei do Legislativo nos 206 e 221/16, este discutido por
Reginaldo Pujol e Bernardino Vendruscolo. Durante
a sessão, Reginaldo Pujol, Fernanda Melchionna, Dr. Thiago, Jussara Cony e
Marcelo Sgarbossa manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Também, foram
registradas as presenças, neste Plenário, de Cláudio Pires Ferreira, Presidente
do Conselho Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor, e de Teresa Moesch,
Presidenta da Comissão de Direitos da OAB. Às dezoito horas e vinte e nove
minutos, o Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os
vereadores para a próxima sessão ordinária. Os trabalhos foram presididos por
Cassio Trogildo e secretariados por Paulo Brum. Do que foi lavrada a presente
Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo 1º Secretário e pelo
Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Cassio
Trogildo): Esta Presidência faz um requerimento
solicitando a alteração da ordem dos trabalhos, para que possamos, imediatamente,
entrar na Pauta Especial. Após retornaremos à ordem normal. Em votação.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO.
Passamos
à
(05 oradores/10 minutos/com aparte)
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 2269/16 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 025/16, que estima a
receita e fixa a despesa do Município de Porto Alegre para o exercício
econômico-financeiro de 2017.
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): A Ver.ª Sofia
Cavedon está com a palavra para discutir a Pauta Especial.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, com a devida licença dos
taxistas e dos motoristas de aplicativos que acompanham a Sessão, até juntarmos
um quórum de 19 – agora chegamos pertinho –, vamos só fazer algumas reflexões
referentes ao Orçamento 2017.
É o segundo dia de discussão preliminar de Pauta
do Orçamento 2017. Eu cobrava, já na segunda-feira, que este Orçamento não vem
com as devidas explicações – ou adaptações, melhor falando – relativas à
possibilidade de fecharmos o ano com um déficit de quase 180 milhões, que é o
que a Prefeitura vem falando, a assessoria, quando nós votamos aqui a LDO.
Significa que o atual nível de comprometimento das finanças com despesas está
desequilibrado em relação ao Orçamento previsto. No entanto, ao trazer o
Orçamento para esta Casa, o Prefeito de Porto Alegre não indicou onde ocorreram
as reduções, as adaptações para projetar o ano que vem, uma vez que tudo indica
que não mudará muito, não alterará muito, não haverá aumento de receitas ou possibilidade de ampliação por parte do
Governo Federal, que vem exatamente reduzindo e indicando, com a PEC nº 241,
que vai congelar os gastos em educação, cultura, assistência social, está
indicando isso para os Municípios. E nós queremos saber onde é que a Prefeitura
de Porto Alegre buscou um suposto equilíbrio, se está desequilibrada este ano.
Eu
sei que a CEFOR fez reunião esta semana, mas, em função de ser no mesmo horário
das outras Comissões, a gente acaba não conseguindo participar, mas eu já
comecei a examinar e achei, por exemplo, na área da cultura, Ver. Adeli, que
tem muitas janelas, programas importantes com mil reais. Com mil reais?! Agora
não estou com a peça orçamentária aqui, porque achei que não íamos debatê-la,
mas entendi que, na verdade, esse não é o orçamento real de determinado
programa na área da cultura. Aliás, se vocês observarem a peça orçamentária,
Ver. Nedel, uns sete ou oito programas têm apenas mil reais previstos no
orçamento!
Já
vi que este orçamento deve ter um grande chute ou apenas janelas abertas em
muitas das rubricas, em muitos dos programas previstos. Por um lado, isso pode
ser prudente, porque deixará aberto para o novo Governo construir a sua
conformação – porque poderá haver mudanças, fatalmente haverá mudanças –, mas,
por outro lado, o Governo de Porto Alegre não mostra nenhuma autocrítica,
porque não indica nenhuma mudança importante. Uma das que nós esperávamos era
uma indicação de redução de cargos comissionados. A Prefeitura de Porto Alegre
tem quase 6%, em percentual relativo ao número de funcionários públicos
efetivos, de CCs; isso significa o dobro do número de cargos em comissão que
havia quando a Administração Popular terminou sua gestão, no ano de 2005. Vejam,
é o dobro: de 500 passou para 988 CCs. Só na Procempa, Ver.ª Fernanda, tem 33
CCs; na EPTC, são cinquenta e poucos, e eu não vi o Governo indicar a redução
de CCs, e não tem indicação de redução de Secretarias, e é um absurdo o número
de Secretarias inúteis ou ineficazes, que só gastam cargos em comissão – como
secretário, secretário adjunto, etc. Vou citar a Secretaria do Trabalho
separada da Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio. Se vocês
forem olhar lá na SMIC, vão ver várias rubricas com mil reais previstos, ou
seja, não vai acontecer nada, ou é uma janela aberta? Então, cito aqui dois
pontos críticos aos quais nós,
nesses anos todos, temos votado contrariamente, temos questionado projeto por
projeto, Secretaria por Secretaria. Por que uma Secretaria de Acessibilidade se
a SMOV tem que fazer a acessibilidade, se a EPTC tem que prever a
acessibilidade, se a SMED tem que ter, se a Cultura tem que ter? Posso citar
outras Secretarias, outros cargos, distribuição de cargos.
Então
esse orçamento não mexeu nos problemas – terão que arrumar, não é, Ver. Kevin
Krieger? –, não é um orçamento real. Digo: não é real! Muitas rubricas têm
apenas pequenas janelas, e nós vamos fazer um esforço coletivo para tentar
cumprir ou cobrir demandas muito importantes, como a da educação infantil, que
deveria ser o tema prioritário da Prefeitura de Porto Alegre, e tem havido, por
parte do Tribunal de Contas, apontamentos severos de que a Prefeitura não
cumpre as metas dos planos municipal, estadual e nacional de educação.
Eu
encerro dizendo que, infelizmente, esse orçamento não representa a realidade,
não indica autocrítica, não indica medidas de saneamento da cidade de Porto
Alegre. Os partidos que sustentam um orçamento assim avisam, falam que é
possível que haja parcelamentos de salários dos funcionários. Antes de
acontecerem parcelamentos – por favor! –, há medidas, há gordura, há
possibilidades, sim, de redução de custos. Então esse debate do orçamento não
vai ser a frio, vai ser a quente, e nós vamos apresentar emendas e vamos
problematizar.
(Não revisado pela oradora.)
(O
Ver. Paulo Brum assume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): O Ver. Clàudio Janta está com a
palavra para discutir a Pauta Especial.
O SR. CLÀUDIO
JANTA:
Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, realmente, nós recebemos
nesta Casa, pelo atual Prefeito, que sai agora, no dia 31 de dezembro, uma peça
orçamentária que tem um reajuste, pode-se dizer, para a cidade de Porto Alegre,
bem baixo, um reajuste de 5%. O próprio Secretário da Fazenda diz que esse
reajuste vem baixo, porque várias metas do Governo, baseadas no reajuste
passado, não foram cumpridas, atingidas, executadas. Um exemplo simbólico e que
está no calendário da nossa Cidade, algo que dá movimento em um período que ela
está acéfala, pode-se dizer – hoje se discute a questão do transporte
individual de passageiros por aplicativos e táxis e os dois teriam interesse –,
é o Porto Alegre em Cena e o Liquida Porto Alegre, este último, em função da
crise econômica, tem tido grande baixa nas suas vendas. O Porto Alegre em Cena,
este ano, terá grande dificuldade na sua execução, porque os contratos dos
artistas até de países do Mercosul, de outros Estados e daqui não foram
honrados tal o déficit da nossa Prefeitura.
Nós temos dois candidatos para Prefeitos que
falam nos programas de televisão, e um deles diz que vai abrir os postos de
saúde até às 22h. Mas os candidatos
falam e esquecem de dizer, Ver. Villela, que tem que abrir, porque isso é uma
lei que aprovamos aqui nesta Casa. Eles esquecem de dizer também que a
implementação da escola de tempo integral em Porto Alegre é uma lei que
aprovamos aqui nesta Casa. Eu não vou dizer que é de minha autoria, Ver. Kevin,
é de todos nós, porque todos nós participamos dessas duas leis para a cidade de
Porto Alegre, que são os postos de saúde e a escola de tempo integral. Agora,
precisamos de recursos? É claro que precisamos de recursos. E estamos viajando
nesse Orçamento. A própria Secretaria da Fazenda diz que ele é apresentado
nesta Casa mediante metas que não foram cumpridas, que não foram alcançadas,
que não foram concluídas, que uma parte desse Orçamento depende de um
empréstimo que virá do Banco Andino, outra parte depende de repasses da União e
outra parte de repasses de um governo, e é sabido de todo o povo do Rio Grande
do Sul e da capital de todos os gaúchos que o governo está quebrado.
Então,
eu acho que esta Casa vai ter que trabalhar desprovida do clima Gre-Nal,
desprovida de quem será ou não o prefeito de Porto Alegre nos próximos quatro
anos. Nós vamos ter que trabalhar na questão do Orçamento. As pesquisas feitas
na cidade de Porto Alegre durante as eleições apontam que a prioridade do povo,
e isso não é discurso eleitoral, que todos os candidatos fazem, é a questão da
Saúde. Nós vamos ter que dar prioridade na questão do atendimento à saúde à
população de Porto Alegre, não à internação, mas à prevenção, aos programas de
saúde da família, às Unidades Básicas de Saúde. Outra prioridade da população
de Porto Alegre é a segurança pública. Nós estamos aqui tratando com pessoas
que andam na cidade de Porto Alegre dia e noite, e semanalmente sabe-se da
morte de um taxista. Na semana passada morreu um no Jardim Planalto, e um outro
está hospitalizado no Conceição há uma semana, na UTI. E nós não temos a
segurança em nossos lares, não temos segurança nas ruas de Porto Alegre quando
saímos, quando nossos filhos saem. São duas questões importantíssimas que a
população de Porto Alegre tem como prioridade: a saúde e a segurança. E temos
outros quesitos que nos preocupam muito, um deles é a educação dos nossos
filhos, educação das crianças desta Cidade. O Governo Federal já firmou um
convênio com todas as Prefeituras que implementarem a escola em tempo integral.
Isso é uma realidade, isso pode ajudar, pelo menos, a cidade de Porto Alegre
nesse programa, nesse projeto.
Acho que temos que nos debruçar na questão do
Orçamento, nos debruçar sobre as exigências de todas as temáticas do Orçamento
Participativo, que estão lá escritas no livro, são anseios e desejos da
população de Porto Alegre, nas regiões de Porto Alegre, as pessoas foram,
participaram e pediram ao gestor público que as suas demandas regionais fossem
realizadas. Então, nós, desta Casa, da Casa do Povo de Porto Alegre, vamos
estudar, debater e votar o Orçamento, teremos muita responsabilidade; não
adianta simplesmente votarmos esse Orçamento e depois, durante os quatro anos
do próximo gestor, seja ele qual for, subirmos na tribuna e exigirmos metas,
exigirmos compromissos se não tivermos a receita, se não tivermos o dinheiro
para executar essa meta e esses compromissos. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. Cassio Trogildo reassume a presidência
dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio
Trogildo – às 14h36min): Havendo quórum, passamos à
ORDEM DO DIA
(encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. Nº 1221/16 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 014/16, que
dispõe sobre o Serviço de Transporte Motorizado Privado Remunerado de
Passageiros, executado por intermédio de plataformas tecnológicas e sobre o
compartilhamento de veículos; altera a redação do art. 14, 15, 16, 17, 18, 19,
20 e 21, revoga o inciso IV e os §§ 1º, 2º e 3º do art. 14, o parágrafo único
do art. 17, o parágrafo único do art. 18 e inclui o parágrafo único no art. 16,
o parágrafo único no art. 19, o parágrafo único no art. 20 e os artigos 16–A,
18–A e 21–A na Lei nº 8.133, de 12 de janeiro de 1998; inclui o inciso VII no
art. 3º da Lei nº 11.182, de 28 de dezembro de 2011. Com Emendas nºs 01 a 57. Com Subemendas nºs 01 às Emendas 08, 09, 11 e
16. Com Subemenda nº 02 à Emenda nº 09.
Parecer
Conjunto:
- da CCJ, CEFOR, CUTHAB, CEDECONDH e
COSMAM. Relator-Geral Ver. Kevin Krieger: pela rejeição das Emendas nºs 01, 02, 04, 05, 06, 07, 08, 11, 12, 13,
14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 32, 33, 34, 35, 36, 38, 39,
40, 41 e 43, da Subemenda nº 01 à Emenda nº 08, Subemendas nºs 01 e 02 à Emenda
nº 09, Subemenda nº 01 à Emenda nº 11 e Subemenda nº 01 à Emenda nº 16, e pela aprovação do Projeto e das Emendas nos
03, 09, 10, 27, 28, 29, 30, 31, 37 e 42.
Observações:
- incluído na Ordem do Dia em 01-09-16;
- retirada a Emenda nº 52;
- prejudicada a Emenda nº 48;
- aprovada a Emenda nº 01 em 29-09-16.
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação a Subemenda nº 02, destacada, à Emenda nº 09 ao PLE
nº 014/16. (Pausa.) O Ver. Marcelo Sgarbossa está com a palavra para encaminhar
a votação da Subemenda nº 02, destacada, à Emenda nº 09 ao PLE nº 014/16.
O SR. MARCELO SGARBOSSA: Boa tarde a todos e a todas. Se todos
entenderam, o espírito desta subemenda do Ver. Dr. Thiago é de impedir que
servidores públicos, também servidores da EPTC, possam ser cadastrados em
aplicativos. Bom, com esse mesmo conteúdo, tem, de nossa autoria, a Emenda nº
10, tem esse mesmo espírito. Foi uma emenda feita há alguns meses, pela qual
queremos aqui reconhecer que há um termo impreciso: dizer que a atividade do
servidor público é incompatível é um leque amplo demais, portanto caberão
inúmeras interpretações. Nós votaremos contra a emenda do Dr. Thiago e da nossa
própria emenda, para permitir que servidores públicos possam, sim, ser
motoristas, cadastrar-se nos aplicativos, por um princípio de igualdade: se o
privado pode... Claro, que a inteligência, a ideia dessa emenda era impedir ou
pelo menos dificultar que um sujeito vinculado à EPTC possa ser um motorista,
pensando que isso poderia evitar algum tipo de fraude. Mas, enfim, aí entramos
mais no campo da fiscalização interna do órgão, para evitar fraudes de
servidores públicos, não tanto por uma emenda que possa impedir a atividade de
algum servidor público. Então, a minha fala, em nome da Bancada do Partido dos
Trabalhadores, é para votar contra a Subemenda nº 02, do Ver. Dr. Thiago, e
votar contra, inclusive, à nossa própria Emenda nº 10. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Dr. Thiago está com a palavra para
encaminhar a votação da Subemenda nº 02, destacada, à Emenda nº 09 ao PLE nº
014/16, como autor.
O SR. DR. THIAGO: Colegas Vereadores e Vereadoras, a nossa
Subemenda permite que outros funcionários públicos, além daqueles vinculados
especificamente à EPTC, aos órgãos de controle, possam ter Uber; estamos
permitindo aos funcionários públicos – ao Técnico de Enfermagem do Hospital
Presidente Vargas, ao servidor operário – que não tenham dedicação exclusiva;
aos servidores que têm dedicação exclusiva é vedado. Consta na Subemenda nº 02,
§ 2º: “É vedado o exercício da função de condutor do serviço de transporte
motorizado privado remunerado de passageiros àqueles que mantenham vínculo com
a EPTC ou, ainda, que possuam cargos ou funções na Administração Pública,
direta ou indireta, em qualquer de seus entes federativos, que sejam
incompatíveis com tal serviço de utilidade pública.” Agora, do contrário, se
não há dedicação exclusiva, se o indivíduo não é da EPTC, ele pode, sim, operar
com o aplicativo. Isso aí foi uma solicitação que veio de alguns setores do
serviço público de Porto Alegre, no sentido de, a partir disso, poderem
complementar a renda, e nós achamos muito justa e bem colocada essa situação.
Então, eu quero pedir a atenção de todos vocês para isso, essa emenda permite
que funcionários públicos que não tenham dedicação exclusiva e que não sejam da
EPTC possam operar nessa modalidade por aplicativo.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a
palavra para encaminhar a votação da Subemenda nº 02, destacada, à Emenda nº 09
ao PLE nº 014/16.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Eu não quero usar todo o tempo,
Presidente, mas acho que está havendo uma confusão com relação às emendas,
tanto a emenda do Ver. Dr. Thiago quanto a emenda subsequente tratam da
matéria. Alguns Vereadores achavam que era a emenda que estava restringindo os
servidores públicos, mas, na verdade, é a lei que restringe. E tem razão o
Vereador quando coloca, porque o § 2º do art. 10 restringe todo e qualquer
funcionário público de poder ser motorista de qualquer aplicativo. Na verdade,
eu acho que é preciso ter cuidado, porque é evidente que um funcionário que tem
dedicação não pode, mas já não poderia, já está na lei da dedicação exclusiva
que não se pode ter outro vínculo empregatício com a dedicação exclusiva ou com
o regime de tempo integral. Ou mesmo funcionário da EPTC, porque, nesse caso, a
EPTC é um órgão de controle, e tu não podes controlar a si mesmo. Mas,
excetuando os três casos, eu não vejo por que ter uma emenda que seja
discriminatória com o conjunto do funcionalismo. Então é importante parar para
analisar a lei e as duas emendas, para que não haja nenhuma confusão na hora da
votação. Peço que os Vereadores olhem o § 2º do art. 10 e, aí sim, as duas
emendas, a emenda do Ver. Dr. Thiago e a emenda do PT, que é logo em seguida e
que acabam tratando da mesma matéria. Teria que ver se há prejudicialidade e em
que medida elas se complementam e alteram o § 2º do art. 10.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra
para encaminhar a votação da Subemenda nº 02, destacada, à Emenda nº 09 ao PLE
nº 014/16.
O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs.
Vereadores, eu nem ia falar nessa questão aqui, mas fiz uma pergunta para o
pessoal ali, ficou todo mundo mudo, não souberam me responder. Aí eu me vi
obrigado a subir à tribuna e trazer para cá a discussão sobre a pergunta que eu
fiz.
Vários
Vereadores que aqui estão têm suas atividades profissionais. O pessoal vai
dirigir na rua, vai fazer a função de motorista. Se ele sofrer um acidente e
ficar afastado, quem paga? Se ele ficar inválido, quem o representa? Se um
brigadiano é pego fazendo bico, dançou! Perdeu tudo. A sua família, a sua viúva
dançou, não ganha nada. Se um brigadiano está fazendo segurança numa casa
noturna, se um brigadiano está fazendo segurança num local privado e sofre um
acidente, se é alvejado ou morto, a família não leva nada. Nada, nada. Se esse
cidadão está dirigindo um carro, pelo aplicativo, sofre um acidente, como fica
a questão da sua família? Como fica a questão da sua invalidez, da sua
aposentadoria por invalidez, o período em que ele ficar internado? É Uber,
Vereador, ele está dirigindo um Uber. Como fica? Ele não está dirigindo uma
espaçonave, ele não está pilotando uma carroça; ele está dirigindo um Uber, ele
está no trânsito, sujeito a sofrer um acidente como qualquer um! Sujeito a
capotar, a um caminhão bater nele, a um cara chegar com uma pistola e dar um
tiro nele, a roubá-lo, como aconteceu em São Paulo esses dias, quando um
motorista de Uber foi assassinado, e eles paralisaram todas as atividades do
Uber, porque o motorista de Uber é um trabalhador como qualquer outro! Aqui em
Porto Alegre já aconteceu isso, de um motorista de Uber ser assaltado, ser
sequestrado!
Em
que mundo vocês vivem? E aí ele é servidor público, deu um pique do Natal, deu
um pique da Páscoa, deu pique do Dia das Mães, aí ele não vai trabalhar na
escola, no posto de saúde, porque está no Uber. Ele quer ser Uber, ele vai ser
Uber; ele quer ser motorista, ele vai ser motorista. Eu, quando quis ser
Vereador de Porto Alegre, me licenciei das atividades sindicais. Eu só fui
quando havia greves, só em momento de greve, licenciei-me das atividades
sindicais. Eu não estou lá na Força Sindical de segunda a segunda, exercendo
minha atividade, não estou lá no Sindicato dos Comerciários exercendo minha
atividade, e, diga-se de passagem, hoje tinha negociação entre o Sindec e o
Sindilojas, pela qual fecharam acordo: 100% da inflação, incluindo o trabalho
aos domingos e feriados, alcançando coisas que muitos sindicatos que fizeram
greve não alcançaram. Fecharam hoje o acordo, e eu não estava presente, estava
aqui, trabalhando em prol dos motoristas em Porto Alegre, porque foi a escolha
que fiz.
Então,
se quer ser motorista, saia da atividade pública e vá ser motorista, por que
fez um concurso para ser trabalhador público? Se ele sofrer um acidente, como
fica? Se o brigadiano não pode fazer bico, se o policial não pode fazer bico,
então nenhum outro servidor público pode fazer bico. Ele fez concurso para ser
servidor público, ele que seja servidor público. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra
para encaminhar a votação da Subemenda nº 02, destacada, à Emenda nº 09 ao PLE
nº 014/16.
O SR. AIRTO FERRONATO: Meu caro Presidente, Srs. Vereadores e
Sras. Vereadoras, senhoras e senhores que estão conosco nesta tarde, a nossa
saudação. Eu havia pensado em falar hoje uma única vez sobre o Projeto, mas
resolvi conversar um pouco sobre esta Subemenda nº 02, sobre a posição que se
toma aqui, sem tomar partido, sem dizer que a emenda é ótima, ruim, boa, se
prejudica ou não. Apenas quero colocar um detalhe, a partir daquilo que ouvi de
Vereadores que me antecederam. Eu sou funcionário público há 41 anos,
aposentado. E nós precisamos distinguir carreiras exclusivas – que são aquelas
carreiras de servidor que, por lei, não podem atuar em outra atividade – de
outras carreiras de servidores. Com todo respeito, Ver. Janta, na iniciativa
privada o empregado pode ter uma outra atividade que complemente a sua
remuneração, que, na maioria das vezes, é baixa, buscando uma alternativa de
receita. E por que não o funcionário público, que, na maioria das vezes ou
quase em todas vezes, tem um salário baixíssimo? Vaie quem quiser vaiar. Está
errada a posição, com todo respeito, daqueles que pensam que todos servidores
públicos ganham extraordinários salários, não é verdade. A maioria ganha pouco
e gostaria – às vezes, até precisaria – de uma outra renda. Portanto, eu
votarei favoravelmente a essa emenda. Aquele abraço a todos.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Valter Nagelstein está com a
palavra para encaminhar a votação da Subemenda nº 02, destacada, à Emenda nº 09
ao PLE nº 014/16.
O SR. VALTER NAGELSTEIN: Ver. Dr. Thiago, eu vou fazer uma
pergunta ao senhor e aos outros Vereadores. Mesmo que eu tenha dedicação
exclusiva, eu, como servidor público – não estou falando de mim, estou falado
do servidor público –, cumpro uma jornada de 40 horas semanais. O cara vai
trabalhar de segunda a sexta-feira, das 8h30min às 17h30min. Depois disso ele
vai para o seu lazer ou para o seu descanso, merecido, legal. Bom, às 22h, ele
chegou em casa, se ele quiser pegar o carro dele e trabalhar até à meia-noite
para agregar sua renda, ele não pode? Então é isso, respondam; mesmo o que
tenha dedicação integral, o horário é dele, a vida é dele, a liberdade é dele,
ele escolhe, ele faz. Se vão ocorrer repercussões de natureza econômica ou de
direito civil depois, no caso de uma acidentalidade ou de qualquer outra
questão, é uma questão do direito privado. E é uma questão que tem que ser
buscada junto ao Judiciário. Agora, não me parece que haja nada que obste isso.
Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação nominal, solicitada por esta
Presidência, a Subemenda nº 02, destacada, à Emenda nº 09 ao PLE nº 014/16.
(Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA
por 15 votos SIM e 12 votos NÃO.
Está
prejudicada parcialmente a Emenda nº 10, quanto à alteração do § 2º do art. 10
do PLE nº 014/16 pela aprovação da Subemenda nº 02 à Emenda nº 09 do PLE nº
014/16.
Em
votação a Emenda nº 10, destacada, ao PLE nº 014/16. (Pausa.) A Ver.ª Sofia
Cavedon está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 10,
destacada, ao PLE nº 014/16.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, esclarecendo que o texto
é o mesmo, apenas acrescentando a proibição de cadastro de veículo, que, de
alguma maneira, já está resolvido quando definimos um veículo para uma pessoa.
Enfim, ela não faz diferença no que já está votado.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação nominal, solicitada por esta
Presidência, a Emenda nº 10, destacada, ao PLE nº 014/16. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) APROVADA por 13
votos SIM e 09 votos NÃO.
Apregoo Requerimento de autoria do Ver. Clàudio
Janta solicitando renovação de votação da Subemenda nº 02 à Emenda nº 09 ao PLE
nº 014/16.
Em votação a Emenda nº 11, destacada, ao PLE n.º
014/16. (Pausa.) A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para encaminhar
a votação da Emenda nº 11, destacada, ao PLE nº 014/16, como autora.
A SRA. FERNANDA
MELCHIONNA: Olha,
Presidente, nós criamos essa emenda, é uma emenda democrática, o Ver. Dr.
Thiago fez uma subemenda incluindo que esse poderia ser um espaço consultivo e
não deliberativo. Nós achamos que é fundamental ampliar os espaços de decisão sobre os rumos da política e da Cidade.
Nesse caso estamos criando uma regulamentação para um transporte mediado por
esses aplicativos de Internet, o que é bastante importante, nós sempre falamos
que éramos a favor da regulamentação. Evidentemente, é um serviço novo, mas,
mesmo que não fosse, precisa haver espaços em que a cidadania, a população
possa avaliá-lo, monitorá-lo, não só esses aplicativos, também os demais. Nós
estamos propondo que desta comissão participem taxistas, por exemplo; nós
estamos propondo que participem as empresas autorizatárias, óbvio, mas também
os trabalhadores das empresas autorizatárias, que precisam ser ouvidos nesse
processo. E, durante a construção da lei, não foram ouvidos como trabalhadores
que estão lá também trabalhando. Nós precisamos mais: incluir os usuários. Por
que os usuários não podem participar de uma comissão permanente de avaliação e
monitoramento para dizer que era assim e virou assado, para dizer que é um bom
serviço, para dizer que é preciso avançar.
Nós
não sabemos até hoje quantos cadastrados, por exemplo, a Uber tem, que já
operam no Município de Porto Alegre. E eu acho que é uma informação para a
cidade! (Palmas.) Não é um problema dessa empresa ou da próxima, do WillGo, que
entrou, mas não sei como estão suas operações, pelo menos anunciou que
entraria, não sei como avançou. Mas não se pode não saber! É preciso saber, uma
cidade é finita. Nós sabemos, por exemplo, que no caso de São Paulo houve um
limitador. Eu acho que temos que pensar a dinâmica da cidade, e não me sinto à
vontade para propor um limitador, a minha emenda não propõe, nós não somos
Poder Público para saber qual o tamanho de Porto Alegre, mas acho, sim, que
precisaria haver limitador, porque a Cidade inteira não é sem fim. (Palmas.) E
agradeço os aplausos da categoria, também os trabalhadores do Uber. É como eu
disse antes: daqui a pouco, haverá 20 mil carros trabalhando em Porto Alegre, e
alguém que conseguia tirar mil reais por semana vai tirar R$ 200,00, e os
trabalhadores, lamentavelmente, são rotativos nessa lógica de empreendimento.
Para mim o direito dos trabalhadores é sagrado – sagrado. E o direito dos
usuários também, que têm que participar desse conselho. Esse conselho,
infelizmente, não é deliberativo, nós propomos que seja um conselho em que
essas partes possam sentar, para também desacirrar os ânimos, para que não haja
uma lógica de tentar dividir os trabalhadores, como lamentavelmente tem
acontecido neste debate torto que foi feito na nossa Capital. E nós precisamos,
sim, unificar estas forças. Os usuários também têm que falar.
É
uma emenda democrática, eu espero que os Vereadores e as Vereadoras me
acompanhem nesta emenda, porque nós estamos dando um passo bom, positivo com a
regulamentação, mas também nós temos que dar um passo bom, positivo na
democracia e no controle.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação nominal, solicitada por esta
Presidência, a Emenda nº 11, destacada, ao PLE nº 014/16. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) REJEITADA, por 09
votos SIM e 19 votos NÃO.
A
Subemenda nº 01 à Emenda nº 11 está prejudicada pela rejeição da Emenda nº 11.
Em votação a Emenda nº 12, destacada, ao PLL nº
014/16.
(Pausa.) A Ver.ª
Fernanda Melchionna está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº
12, destacada, ao PLL nº 014/16, como autora.
A SRA. FERNANDA
MELCHIONNA: Em
primeiro lugar, vou começar com o debate que nós fizemos na lei geral dos
táxis, em que apresentamos a mesma emenda. O projeto de lei foi aprovado,
infelizmente o projeto foi parcialmente vetado pelo Governo, Ver. Mauro
Pinheiro, que aprovou um emenda ao meu projeto, felizmente, pelo menos, a nossa
construção coletiva segue vigorando. Vou começar perguntando a cada uma de
vocês, às mulheres que estão presentes nesta sala, se querem ter o direito de
escolher, na hora de serem conduzidas, ser levadas por outra mulher. Perguntem
às filhas, às amigas, às esposas, às namoradas quantos casos de assédio já
viveram na vida – no transporte público, no trabalho, na rua e também dentro
dos veículos, tanto do táxi quanto outros aplicativos.
Eu sou uma usuária de táxi, nunca gosto de
generalizar, mas, infelizmente, numa sociedade machista que tem, a cada 15
minutos, uma nós vítima da violência; numa sociedade machista que teve, no ano
de 2014, 48 mil casos de estupro, sendo 80% das vítimas mulheres, é preciso ter
propostas que defendam a vida das mulheres, é preciso ter propostas que
garantam o nosso direito de mulher de ser conduzida por mulheres. Ontem, cem
mil mulheres marcharam na Argentina depois que uma jovem de 16 anos foi
estuprada, empalada e morta. Nós não aceitamos mais nem uma a menos de nós e
precisamos pensar medidas efetivas
de proteção ao direito das mulheres. Alguns vão dizer que gostariam de ter
cotas de 50%, mas não é verdade, porque tratar desiguais como iguais é
reproduzir o machismo. Não é à toa que hoje no sistema de táxi, que eu
respeito, venho aqui várias vezes como usuária falar que não aceito
generalizações, mas, no sistema de táxi, nós temos apenas 2% de mulheres
condutoras. Nós precisamos avançar nesse número. Nós precisamos ter ampliação
progressiva dos espaços das mulheres, para que a gente possa sair de uma festa
e ser conduzida por uma mulher, para que a gente possa se sentir segura. Todas
as mulheres que estão aqui são usuárias. Respiram ou não respiram de forma
melhor quando saem de madrugada e outra mulher, Andréia, é a condutora?
Eu
quero dizer para vocês que eu estou muito contente. Falei com João do 99, que é
uma empresa, aplicativo, no caso dos táxis, ele esteve conversando comigo, e eu
falei dessa proposta, cobrei duramente isso – como eu recebi todos, recebi
trabalhadores, recebi taxistas, recebi Uber, recebi usuários. E esta proposta
minha, aqui em Porto Alegre, começou a ser implantada no Rio de Janeiro, em São
Paulo; no aplicativo da Internet se pode escolher uma mulher. É preciso que o
aplicativo proteja também as condutoras – neste caso, taxistas –, para que só
uma mulher possa pedir outra mulher, como forma de proteção a essas mulheres
condutoras, para que não caiam na mão de homens estupradores, violentos, que se
aproveitam do fato de ser mulher. É o táxi mulher, como eles estão chamando no
Rio de Janeiro e São Paulo. Eu quero cumprimentar da tribuna da Câmara, porque
esta é uma das poucas emendas que nós temos...
Nós
apresentamos duas emendas democráticas. Esta é uma emenda que, garanto a vocês,
representa 53% das mulheres em Porto Alegre. Garanto a vocês. Perguntem para as
filhas, para as namoradas, para as esposas – não preciso perguntar, tenho
certeza de que a Ver.ª Sofia falará, também a Ver.ª Jussara –, perguntem às
mulheres. Nós queremos o direito de escolher. (Palmas.)
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Valter Nagelstein está com a
palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 12, destacada, ao PLE nº 014/16.
O SR. VALTER NAGELSTEIN: Senhores e senhoras, por incrível que
pareça, Ver.ª Fernanda Melchionna – que há pouco fez uma brincadeira sobre como
íamos concordar –, nós vamos concordar! Eu acho que é absolutamente necessário.
Estamos no Outubro Rosa, não quero confundir meu discurso, Ver. Villela, com
feminismo, mas também não quero confundir feminismo com a necessária agenda de
equidade de direitos entre homens e mulheres – uma coisa é uma coisa; outra é
outra.
Eu
conversava com um eleitor esta semana, e ele me dizia o seguinte: “Valter, eu
tenho uma filha da idade da tua. Eu tenho três filhos, uma é pré-adolescente, e
ela vai para festinhas no final de semana, e a gente ou tem que chamar um táxi
ou tem que chamar um Uber”. E perguntava ele: “Por que não tem um só de
mulheres?” Entre outros argumentos, um que ele falou, que é interessante,
verdadeiro e estatístico, é que, para cada dez presídios masculinos, tem um
presídio feminino, a incidência de criminalidade é menor. Da mesma forma
acontece com os seguros, a acidentalidade é menor: para as mulheres que são
motoristas, o seguro é mais barato do que o para homem, porque os índices são
menores. É uma menina, e são essas suscetibilidades que existem e que podem dar
um direito de escolha, um direito de opção.
Então,
nesse universo todo, por que nós não poderíamos ter, por exemplo, um serviço
exclusivo de mulheres, se a mulher assim quisesse optar por fazer esse
transporte? Acho que é importante dar liberdade para o mercado, para que, de
repente, se crie um aplicativo assim em Porto Alegre; acho que é importante os
taxistas se organizarem para fazer isso, para quem ligar para lá e quiser,
especificamente, esse serviço, e é preciso ter uma salvaguarda como essa que
sinaliza politicamente uma vontade do Poder Público e da sociedade de trabalhar
essa agenda, volto a dizer, pelo meu lado, reconhecendo que é importante a
questão dos direitos e da equidade de tratamento entre homens e mulheres, mas
não indo para o lado do feminismo, que, para mim, é uma questão ideológica na
qual a gente já tem alguma divergência. Era isso, muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 12, destacada, ao PLE nº 014/16, pela
oposição.
O SR. ADELI SELL: Caro Presidente, colegas Vereadores e
Vereadoras, senhoras e senhores, nós queremos acompanhar a proposição da Ver.ª
Fernanda Melchionna. Estou falando aqui em nome da Bancada do PT, do PSOL e do
PCdoB. Falei há pouco com a Ver.ª Jussara Cony, que está com alguma dificuldade
de voz, exatamente para que a gente insista na importância do trabalho feminino
e da ocupação dos devidos espaços, seja nessa ou naquela profissão. Como já foi
bem colocado anteriormente aqui, as pessoas poderiam, inclusive, no caso, fazer
uma escolha de gênero para a sua locomoção, principalmente nesses casos de
meninas, de jovens que vão às atividades festivas nos finais de semana – não é
só por isso, mas essa também é uma das razões.
Aqui,
inclusive, ontem se discutia a questão da linguagem inclusiva. Eu e a Ver.ª
Maria Celeste, que já foi nossa colega aqui, somos autores exatamente da
legislação municipal que estipula a colocação da questão da linguagem inclusiva
em todos os documentos oficiais do Município. Nós achamos importante a
participação de mulheres nesse processo. Claro, poderíamos discutir a
percentagem, afinal de contas, nem sempre o nosso desejo é aquilo que a
realidade coloca; no entanto, eu creio que colocar isso no projeto ajuda
enormemente, encoraja as pessoas a entrarem nesse processo de uso das
plataformas com o seu automóvel, etc., por isso estamos apoiando essa
proposição da Ver.ª Fernanda Melchionna. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a
palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 12, destacada, ao PLE nº 014/16.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Obrigada,
Presidente. Ver.ª Fernanda, Ver. Prof. Alex, acho que essa iniciativa que já
aprovamos para o táxi é uma iniciativa muito importante e se coloca, sim, numa
das pautas, num dos marcos da luta feminista, porque só o feminismo identifica
a discriminação de gênero como uma discriminação como o sexismo na sociedade.
E, ao identificar que há uma pré-determinação do lugar da mulher, desde a
concepção da mulher, a cultura, a formação, a educação das mulheres as
direcionam simbólica e materialmente para o espaço privado, para o cuidado com
a reprodução da vida, com os filhos, com a casa, com a alimentação. A mulher
acaba sendo pré-determinada para um lugar que não é o público, que não é o
espaço da rua, que não é o espaço dos negócios, que não é a área das finanças,
e aí ela entra em muita desvantagem nesses lugares.
Não é à
toa – quero falar aqui para vocês, que poucas vezes estão na Câmara – que nós
somos tão poucas neste Parlamento e seremos apenas quatro na próxima legislatura.
Não é porque as mulheres não gostam de política, porque, se nós vamos às
reuniões, às plenárias do Orçamento Participativo, nas associações de
moradores, vamos encontrar muitas mulheres, assim como nos clubes de mães, no
Rotary, nas organizações sociais que cuidam do bairro, que mobilizam a saúde, a
assistência, vamos encontrar muitas mulheres. Só que elas somam outros turnos
de trabalho, porque na sociedade ainda há uma distribuição muito desigual nas
tarefas da vida. Elas vão para casa e providenciam as compras, pensam no
alimento do outro dia, fazem limpeza, lavam roupa, dão atenção para os estudos
dos filhos, etc., tudo de uma forma bastante diferenciada da dos homens. Isso
indica que nós precisamos mudar a cultura, e para isso as cotas são muito
importantes, Maristela, nós sabemos disso. Porque elas só aprenderão a estar
nos lugares onde predominantemente estão os homens se ali estiverem. Se elas
não estiverem neste Parlamento, não haverá uma atenção, uma iniciativa como a
sua, Ver.ª Fernanda, de fazer uma cota para o serviço de táxi. Se elas forem
estimuladas e experimentarem, elas encorajarão outras mulheres. Mas, mais do
que isso, os homens passarão a olhar as mulheres como iguais a eles, na
condição de profissionais, de condutoras, cobradoras, motoristas, de
economistas, de administradoras.
Isso, quiçá, ajude os homens a enxergarem que é
tão digno, bom e bonito dividirem a vida profissional com as tarefas de
reprodução da vida, dividir o cuidado com os filhos. Essa mudança cultural é
boa para todos, para homens e para as mulheres. Nós acreditamos nas cotas.
Acreditamos que tenha que colocar cotas em todas as áreas até fazer a mudança
cultural, até as cotas não serem necessárias. Por isso queremos também nos
aplicativos, nas plataformas colaborativas, nos táxis. Eu não vou aqui me
dedicar tanto ao argumento que a Fernanda se dedicou muito bem, das mulheres
terem o direito de escolherem mulheres, acho que homens também têm o direito de
escolherem mulheres motoristas. Mas, principalmente, as mulheres se sentem
muitas vezes oprimidas, constrangidas. Então esse direito de escolha é
importante.
Mas eu quero falar mais deste outro lado, essa necessária
transformação da sociedade, equiparação dos espaços e união, solidariedade e
respeito mútuo entre homens e mulheres, seja dentro do lar, onde não pode haver
submissão, violência, assédio sexual ou moral, ou fora do lar, na rua, nas reuniões,
na política, no trabalho, não pode haver submissão de um sexo pelo outro em
função apenas da diferenciação. Essa alteração nós ainda sonhamos muito que
aconteça.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação nominal, solicitada por esta
Presidência, a Emenda nº 12, destacada, ao PLE nº 014/16. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) APROVADA por 22
votos SIM e 05 votos NÃO.
Em
votação a Emenda nº 13, destacada, ao PLE nº 014/16. (Pausa.) O Ver. Márcio
Bins Ely está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 13,
destacada, ao PLE nº 014/16.
O SR. MÁRCIO
BINS ELY: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras; público que nos assiste nas
galerias e pela TVCâmara; especialmente as representações dos táxis e dos aplicativos;
senhoras e senhores; gostaria de destacar aqui também a presença do
representante do Sindicato dos
Proprietários de Transporte Escolar, meu colega,
advogado Jaires. Venho a esta tribuna para fazer a defesa desta emenda, aliás,
foi a única emenda que fiz ao projeto porque realmente tive uma vivência de
transporte escolar: a minha vida inteira fui de Kombi escolar para o colégio,
minha filha também. O Código de Trânsito tem um capítulo especial que trata do
transporte, especialmente dos nossos jovens, nossas crianças e adolescentes que
vão para o colégio, e existe um regramento específico para esse tipo de
transporte. Por exemplo, o motorista do transporte escolar tem que ter uma
idade mínima de 21 anos, outro exemplo importante, aquele que transporta alunos
não pode ter mais do que 5 pontos na Carteira, ao passo que qualquer outro
motorista pode ter 20 pontos e é considerado motorista regular. Outro
regramento importante, Ver. Mendes Ribeiro que me questionou com relação a essa
emenda, os veículos que transportam escolar em Porto Alegre tem que ser dotado
de um tacógrafo, que marca a velocidade. Então, se houver algum acidente, está
ali gravado. Para quê? Para proteger as nossas crianças e adolescentes. É claro que eventualmente, inclusive o
Ver. Pujol perguntou: “Bah, se o meu filho perder o ônibus escolar?” Aí pode
chamar o aplicativo, pode chamar o táxi, eventualmente, para levar, mas não um
regramento que possa burlar a legislação federal, que estabelece esse
regramento. Tem, sim, que ter mais de 21 anos, não pode ter cinco pontos na
carteira, tem que ter tacógrafo no carro, tem que ter carteira “D”. Para
transportar escolar tem que ter carteira “D”, está na lei, Ver. Mendes Ribeiro.
Então, eu acho que é prudente que a gente faça essa ressalva; não quer dizer
que não vá surgir um aplicativo de transporte escolar! Pode até surgir, mas não
esse que está concorrendo com o táxi. Só que o motorista vai ter que ter 21
anos, não vai poder ter mais de cinco pontos na carteira, vai ter que ter
tacógrafo no carro, vai ter que ter carteira “D”, assim poderá, não terá
problema nenhum.
Então,
eu quero encaminhar nesse sentido, pedindo o apoio dos Pares para que possamos,
através da ressalva dessa emenda, resguardar, Ver. Sabino, as nossas crianças e
adolescentes que usam o transporte escolar, especialmente para ir ao colégio.
Espero poder ter esclarecido, eu acho que estamos fazendo um debate
democrático. Parece-me que os Vereadores e as Vereadoras estão votando com sua
convicção, essa votação não ter cor partidária, é mais por aquilo que se
entende por oportuno ou não. Enfim, acredito que a Cidade está madura para
enfrentar esse debate. E eu quero reiterar aqui que o Código de Trânsito
Brasileiro – nos seus artigos 136 a 139 – traz algumas ressalvas e observações
que devem ser reforçadas na legislação que regulamentará, em breve, porque acho
que vamos enfrentar essa matéria e concluir, digamos assim, a apreciação desse
projeto do Executivo hoje, que os aplicativos respeitem a legislação. E aqueles
que forem, por ventura, transportar alunos da rede municipal...
(Som
cortado automaticamente por limitação de tempo.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para
encaminhar a votação a Emenda nº 13, destacada, ao PLE nº 014/16.
O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores; senhoras e senhores, depois da fala do Ver. Márcio Bins Ely, estou
cada vez mais convencido de que a questão do transporte em Porto Alegre, seja
dos ônibus, dos lotações, do transporte escolar, terá de ser mexida de A a Z.
Vejam o seguinte: o que o Ver. Márcio acaba de colocar aqui é uma questão de
uma legislação que já existe; cumpra-se a lei, ponto, acabou a história!
Estamos falando de outra coisa; se não for outra coisa, o Vereador fez lobby descarado aqui para um segmento:
para a associação do transporte de estudantes – claro e objetivo. Nós não
estamos discutindo isso, isso é outra lei! Quer passar um contrabando aqui! A
pessoa contrata um táxi para levar a criança para a escola – qual é o problema?
Chama um Uber – tudo bem. Pode botar quatro pessoas dentro de um carro ou não
pode, Vereador? O senhor vai proibir que o pai, que tem dois filhos, e o
vizinho, que tem dois filhos, coloquem num carro e mandem seus filhos para o
colégio com toda a segurança? O senhor vai proibir? O senhor está vivendo em
que mundo? Pode ser carona, remunerado, nós estamos vivendo numa sociedade
democrática. Inclusive, diga-se de passagem, o transporte de van para estudante é caríssimo, cheio de
problemas. A questão de idade, de carteira, etc. e tal – isso é outra
discussão, é para dirigir uma van, um
ônibus; nós estamos falando de carro, pequeno. São coisas diferentes, vamos
colocar os pingos nos is. Vamos discutir – e eu vou discutir, sim – o
transporte por lotação, porque não querem ampliar o lotação, porque tem um
cartel fechado; a mesma coisa com o transporte escolar! Este Município está
virado de ponta-cabeça! E aí quando você quer fazer algo inovador, tem toda
essa celeuma. Não, a emenda está errada, está tratando de outra coisa, não vai
passar, aqui ninguém vai passar contrabando, Ver. Márcio Bins Ely – não vai
passar contrabando! Se passar, vamos fazer disputa pública, e a primeira coisa
que vou fazer, daqui para frente, é entrar com um projeto de lei para mexer na
questão do transporte escolar, e vamos ver se não vai dar outra lambança aqui
dentro. Se as pessoas quiserem contratar táxi, podem contratar táxi; se
quiserem contratar Uber, 99, etc., que contratem. Nós estamos discutindo hoje
um projeto de lei claro, claríssimo, que é o das plataformas. É isso que nós
vamos votar. Não estamos votando transporte escolar. Ponto e basta!
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Valter Nagelstein está com a palavra
para encaminhar a votação da Emenda nº 13, destacada, ao PLE nº 014/16.
O SR. VALTER NAGELSTEIN: Vereadores, Ver. Márcio, eu sou
estudante ainda, estou buscando sempre me aperfeiçoar, estou fazendo uma
pós-graduação numa faculdade aqui da Cidade. Ontem, por exemplo, eu tinha um
compromisso na Câmara até às 19h30min, quase 20h, e a aula começava às 19h, ia
chegar lá às 20h. Vamos imaginar que eu tivesse que contratar um transporte
escolar para ir, mas vou só eu e quem sabe um outro colega daqui, e nós vamos
chegar às 20h. Eu tenho que contratar uma Kombi escolar para irem dois até a
faculdade porque eu não posso pegar um táxi?
(Manifestações nas galerias.)
O SR. VALTER NAGELSTEIN: Ah, posso pegar um táxi, mas vocês não
querem que eu pegue um Uber? É isso?
(Manifestações nas galerias.)
O SR. VALTER NAGELSTEIN: Vocês querem que eu pegue um táxi? Eu
gostaria também de pegar um táxi. Eu vou pegar um táxi. Como eu peguei, ontem,
para vir da Prefeitura até aqui. Mas se eu quiser, meus amigos, e não adianta
gritarem comigo, eu vou pegar um Uber. É a liberdade, e é isso que nós estamos
oferecendo para o cidadão. É isso que nós estamos oferecendo para o cidadão!
Nós não estamos tratando aqui, Ver. Márcio, de transporte coletivo. A própria
lei fala de aplicativo de transporte individual, que, como disse o Adeli, pode
comportar até quatro pessoas dentro, como um táxi. E vai proibir? E se tiver
fazendo transporte escolar clandestino, é como ele disse, tem lei específica,
não tem nada que ver com isso aqui, nem é disso que estamos tratando agora.
Portanto,
eu quero me somar, com todo respeito ao Ver. Márcio, para dizer que a emenda
não é cabível. Se eu quiser mandar os meus filhos para o colégio de Uber ou de
táxi, eu vou mandar, e não posso ser punido por isso. Se eu quiser mandar num
outro horário, eu vou mandar, e não posso ser punido por isso, porque tem que
haver liberdade, e é essa a liberdade que nós precisamos aqui preservar também.
Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra
para encaminhar a votação da Emenda nº 13, destacada, ao PLE nº 014/16.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr. Presidente,
Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores; Ver. Valter Nagelstein, o senhor vai pelo
aplicativo para a faculdade. Eu quero dizer para vocês que o Ver. Valter não
poderá ir pelo aplicativo para a faculdade. Essa emenda aqui também vale para a
lei dos táxis, e aí eu não poderei ir de táxi para a faculdade. Hoje, a pedra
bate lá naquele telhado; mês que vem, vai bater nesse telhado aqui. Então a
emenda é para todos os estudantes; ela não tem a palavra “menor” aqui, é para
todos os estudantes. Então, se o Jader, o Mariozinho, que vocês conhecem muito
bem, e o Preto quiserem pegar um táxi para ir para a faculdade – os três
estudam na mesma faculdade –, não podem. Se os assessores do Ver. Valter
Nagelstein pegarem um carro do aplicativo para ir para a faculdade, não podem!
Nós estamos falando de todas as pessoas. A lei não fala que é para crianças, a
lei é generalizada. Está aqui, bem claro: “É vedado aos condutores de serviços
de transporte motorizado privado remunerado de passageiros...” Não fala nem na
palavra “aplicativo” aqui. O Ver. Adeli Sell falou que isso aqui é uma
gambiarra, um contrabando... E é verdade, porque não fala nem em aplicativo, e
nós estamos tratando de aplicativos aqui! Não estamos tratando de proibir as
pessoas de simplesmente pegarem um táxi e irem para a faculdade, irem para o
colégio. Eu posso ligar para o radiotáxi, botar meus dois, meus três filhos
dentro do táxi, botar namorada no táxi e mandar... Estamos falando disso aqui.
Nós estamos proibindo o uso de táxis ou de aplicativos – vai ser aprovado aqui
o uso de aplicativo em Porto Alegre, regulamentado – para ser usado por uma
família para ir para a escola, para a faculdade, para o curso de inglês, para
ir para a natação, para ir para qualquer lugar... Nós vamos proibir isso aí.
Isso é um absurdo, isso é o fim do mundo! E eu concordo com os Vereadores que
me antecederam: isso não existe! E nós temos que rever – já falei com o Ver.
Adeli Sell e com outros Pares – a questão dos lotações em Porto Alegre, vamos
rever a questão do transporte escolar em Porto Alegre, seja por aplicativo, da
forma que funciona; agora, esta emenda aqui não tem como ser aprovada, junto
com os aplicativos, seja pela lei do táxi ou como for, é um direito da pessoa
mandar seu filho para escola pelo meio de transporte que quiser, principalmente
transporte regulamentado. E nós estamos aqui hoje regulamentando os aplicativos
em Porto Alegre.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra
para encaminhar a votação da Emenda nº 13, destacada, ao PLE nº 14/16.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras.
Vereadoras, fica muito nítida a minha intenção, em nome da Bancada dos
Democratas e não em nome do Governo, de manifestar a opinião nesta hora, até
porque, Sr. Presidente, eu quero voltar um pouco no tempo e lembrar que há 15
dias, desta mesma tribuna, busquei impedir que naquela ocasião se interrompesse
a discussão e se iniciasse, ainda que simbolicamente, a votação da matéria que
hoje está sendo aprofundada. Dizia eu que estávamos impedindo que no futuro
pudesse ser melhor trabalhado aquela quantidade de emendas que surgiam no
projeto de última hora e que ficariam sem condições de serem revisadas no
futuro. Agora mesmo, estamos diante de um fato concreto: se ouvires o Vereador
proponente da matéria, tu ficas com uma posição; se tu leres o que está escrito
na emenda, fica com outra posição, porque a emenda não diz, com a clareza da
exposição que faz na justificativa oral o Ver. Márcio Bins Ely, exatamente o
que ele pretende. Porque me parece, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, que nós
estamos fazendo uma conclusão entre transporte escolar e transporte de
escolares. Eu acho que em momento algum, na cabeça de qualquer pessoa, passou
que o Uber, o táxi, ou seja lá quem for, possa ser impedido de transportar um
escolar. Claro que não! Obviamente que não. O cuidado que o Ver. Márcio Bins
Ely colocou aqui, da tribuna, é que não ocorra o transporte sistemático,
contratual entre o proprietário de um determinado veículo, táxi, Uber, seja lá
o que for, com uma determinada escola e um determinado grupo de alunos, porque
aí, para essa situação de transporte escolar, Ver. Villela, teria que ter o
veículo algumas regras e alguns equipamentos que são exigidos para o
transportador escolar que sistematicamente realizar essas tarefas.
Então,
como vou corrigir isso entre o que está escrito e o que é explicitado na
tribuna? Não há possibilidade, salvo se houver uma ressalva muito expressa que,
na redação final, nós vamos escrever melhor aquilo que é intenção do autor,
porque do jeito que está escrito aqui não está de acordo com aquilo que ele
manifesta em ser o seu desejo. Até porque diz: “É vedado aos condutores do
serviço de transporte motorizado privado remunerado de passageiro realizados
por meio de plataforma tecnológica [não é por meio, é utilizando transporte plataforma
tecnológica], que estejam em desacordo com os dispositivos da Lei Federal...”
Essa lei não está escrita aqui, temos que fazer, Ver. Tarciso, uma pesquisa
para saber o que diz a lei. Então, resumindo, eu tenho uma enorme dificuldade
de votar esta matéria: pelo o que eu ouvi da tribuna, votarei a favor, pelo o
que está escrito, eu voto contra. Como vou fazer? Eu não sei! É uma confusão
que nós criamos e que, agora, temos que resolver!
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Registro as presenças, no plenário, do
Sr. Cláudio Pires Ferreira, Presidente do Conselho Municipal de Proteção e
Defesa do Consumidor, que está conosco desde o início dos trabalhos pela manhã;
e da Dra. Teresa Moesch, Presidente da Comissão de Direitos da OAB,
representando a OAB. Sejam muito bem-vindos.
Em votação nominal, solicitada por esta Presidência, a
Emenda nº 13, destacada, ao PLE nº 014/16. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 01 voto SIM, 24 votos NÃO
e 02 ABSTENÇÕES.
Em votação a Emenda nº 14, destacada, ao PLE nº 014/16.
(Pausa) O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para encaminhar a votação da
Emenda nº 14, destacada, ao PLE nº 014/16, como autor.
O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, peço a atenção dos Pares para esta emenda, que é baseada no Código
de Trânsito Brasileiro e suas especificações. O Código de Trânsito Brasileiro
diz, nas suas especificações, que as placas de identificação dos veículos são
classificadas por cores, num sistema de pintura, que terão as suas
características assim definidas: carros particulares, placa cinza, com as
letras e números pretos; carros de aluguel ou de transporte de passageiros,
placa vermelha, com letras e números brancos; experiência/fabricante – verde e branco;
aprendizagem – branco e vermelho; coleção – preto e cinza; oficial – branco e
preto; missão diplomática – azul e branco; corpo consular – azul e branco;
organismo internacional – azul e branco; corpo diplomático – azul e branco;
organismo consular/internacional – azul e branco; acordo cooperação
internacional- azul e branco; representação – preto e dourado. Então, nós
estamos falando aqui de transporte de passageiros. Estamos falando aqui de
pessoas que irão transportar vidas em Porto Alegre, de motoristas
profissionais.
Esse mesmo Código Brasileiro diz, no seu art.
6.º, que essa resolução de transporte remunerado de passageiros determina que
seja feito por motoristas profissionais, por pessoas que exerçam essa
profissão. E esse mesmo Código Brasileiro, no seu art. 1.º, diz que é exigência
desse sistema de transporte que crianças de até sete anos de idade andem nos
veículos em cadeiras adaptadas. Esse mesmo Código de Trânsito determina, no seu
art. 6.º, que as pessoas usem o cinto de segurança. Esse mesmo Código determina
que se use cinto de segurança, bem como que se use o capacete. A cidade de
Porto Alegre vai ser superior à Lei Nacional de Trânsito, pois está querendo
abolir a placa vermelha – até pode ser, fazemos uma lei inconstitucional aqui. Eu
poderia também fazer um projeto – para o qual pediria que todos os líderes
assinassem – para abolir em Porto Alegre o capacete, a cadeirinha nos carros e
também o cinto de segurança. Se nós vamos abolir a placa vermelha para quem faz
o transporte de passageiros, nós também poderíamos abolir o cinto de segurança,
o capacete e a cadeirinha. Se nós vamos rasgar o Código de Trânsito Brasileiro,
nós vamos rasgá-lo por contrato. Assim também como vamos liberar, acabar com as
blitze e com o bafômetro em Porto Alegre.
A placa vermelha não impede a pessoa de sair com
seu carro, de usar seu carro para transporte pessoal dele, não impede nada, ela
só vai identificar que
aquele condutor é profissional, ela só vai identificar que aquela pessoa está
habilitada a fazer o transporte de passageiro, só vai identificar que ali
existe uma pessoa capacitada! (Palmas.) E ele pode ir com esse carro para a
praia, para onde quiser, porque um taxista pode tapar o seu logotipo e fazer o
que quiser com seu táxi, mesmo sendo laranja, tendo faixa azul do lado, mas ele
tem uma placa vermelha...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.) (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação nominal, solicitada por esta
Presidência, a Emenda nº 14, destacada, ao PLE nº 014/16. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) REJEITADA por 02
votos SIM e 24 votos NÃO.
Em
votação a Emenda nº 15, destacada, ao PLE nº 014/16. (Pausa.) O Ver. Clàudio
Janta está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 15, destacada,
ao PLE nº 014/16.
O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras.
Vereadoras; nobres colegas, peguem agora, na próxima emenda, e rasguem o Código
de Trânsito de novo. Rasguem! Continuem rasgando. Isso aqui custa, por folha,
R$ 105 mil, para fazer 30 mil edições. (Mostra a capa do jornal Zero Hora.) Mas
para melhorar a vida dos trabalhadores, explorar os aplicativos, não pode, nem
placa vermelha. Nós rasgamos hoje, nesta Casa, o Código de Trânsito Brasileiro.
Então, espero que os nobres colegas assinem um projeto, que farei, tirando o
cinto de segurança, a cadeira para criança; que também deixa as pessoas beberem
e dirigir. E, agora, também não precisa ser motorista profissional
para dirigir. É só o que falta: qualquer um vai poder dirigir. Vão largar a
vida da população de Porto Alegre na mão de qualquer um, pois qualquer pessoa
vai lá, tira a carteira de motorista e sai dirigindo, qualquer um vai poder
dirigir em Porto Alegre. É isto: qualquer um poderá dirigir em Porto Alegre, não
precisa ser profissional, não precisa ser nada. E a discriminação é tão grande
que só anunciaram em dois jornais, não anunciaram no jornal do povo. No jornal
que a população vê, não anunciaram. E ainda diz aqui que vão descobrir quais os
Vereadores que estão do lado do povo.
Eu estou do lado do povo de Porto Alegre, eu
quero o bem da população de Porto Alegre, eu quero motorista profissional
dirigindo para as pessoas de Porto Alegre; eu quero motorista que saiba o que
está fazendo, quando estiver com a vida de uma pessoa dentro de um carro.
Então, eu espero que os nobres Pares levem em conta a Emenda nº 15 e que não
rasguem o Código de Trânsito Brasileiro, que diz que só poderá transportar
vidas o motorista profissional. Eu espero que os nobres Pares lembrem: dentro
dos aplicativos têm vidas; dentro dos aplicativos têm crianças, porque nós
acabamos de derrotar aqui a emenda do Ver. Márcio Bins Ely, que não permitia o
transporte escolar, a qual defendi até a derrota. Espero que cada um dos
senhores e das senhoras lembrem que estarão lá levando idosas, que estarão lá
levando pais de família, que estarão levando crianças, que estarão levando seus
netos, que estarão levando seus filhos, que estarão levando suas esposas.
Depois, não adianta “chorar o leite derramado”. Eu acho que,
para fazer o transporte de vidas, as pessoas têm que ser profissionais. A
população quer tanto, tantas coisas, a população quer o desarmamento, a
população quer o direito de andar armada com uma arma na cintura, e os
legisladores souberam legislar sobre isso. A população quer o direito de beber
e sair dirigindo, e os legisladores souberam legislar sobre isso. A população
exige tanta coisa, mas os legisladores souberam preservar o bem maior da
população, que é a vida. A Emenda nº 15 fala disto, que poderão somente exercer
a profissão de motorista, poderão somente exercer a profissão de estar atrás de
uma direção, no aplicativo, pessoas habilitadas, pessoas que saibam o que estão
fazendo, pessoas que saibam, no momento necessário, o que estão fazendo.
Ou
nós vamos permitir... E aqui eu vejo, muitas vezes, o Dr. Thiago brabo com os
médicos cubanos, haitianos que vêm para cá, dizendo que não eles têm
capacidade. Ou nós vamos permitir que hoje haja aplicativos para médicos; que
pessoas comecem a dar aula sem terem qualificação para dar aula; que pessoas
comecem a ser dentistas sem terem habilitação para serem dentistas; que pessoas
comecem ser advogadas sem terem habilitação para serem advogadas? Nós vamos
permitir isso? Ou nós vamos permitir que pessoas saiam – somente o Uber tem
mais de seis mil carros em Porto Alegre – a dirigir na rua sem ter a capacidade
técnica e o conhecimento para dirigir os carros em Porto Alegre? Estaremos,
pela segunda vez, rasgando...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação nominal, solicitada por esta
Presidência, a Emenda nº 15, destacada, ao PLE nº 014/16. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) REJEITADA por 12
votos SIM e 16 votos NÃO.
Em
votação a Emenda nº 16, destacada, ao PLE nº 014/16. (Pausa.) O Ver. Clàudio
Janta está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 16, destacada,
ao PLE nº 014/16.
O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente,
Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores,
venho aqui defender a subemenda, porque ela esclarece a emenda, já que a emenda
é pejorativa, fala que poderão ser utilizados veículos leves de passageiros.
Veículos leves de passageiros podem ser veículos de até 16 lugares. Então nós
estamos, com a subemenda, dizendo que esses veículos leves de passageiros são
os carros que comportam até oito passageiros – como, por exemplo, a Spin –,
limitando; até porque, com a carteira de motorista, conforme os nobres
Vereadores aprovaram aqui, só se pode dirigir esse tipo de carro, e não outro.
Então
a nossa subemenda limita que só poderão ser utilizados automóveis que comportem
até oito passageiros, incluindo o motorista. Serão esses carros, como Spin e
Meriva, que comportam sete pessoas mais o motorista, totalizando oito pessoas,
conforme aprovado na Emenda nº 15, que diz que qualquer pessoa poderá dirigir,
em Porto Alegre, para fazer o transporte de passageiros. Muito obrigado, Sr.
Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação nominal, solicitada por esta
Presidência, a Emenda nº 16, destacada, ao PLE nº 014/16. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) REJEITADA por 01
voto SIM, 27 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO
A Subemenda nº 01 à Emenda nº 16 está
prejudicada pela rejeição da Emenda nº 16.
Em
votação a Emenda nº 17, destacada, ao PLE nº 014/16. (Pausa.) O Ver. Clàudio
Janta está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 17, destacada,
ao PLE nº 014/16.
O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, público que nos assiste em casa, através da TV Câmara, através das
transmissões ao vivo, que alguns estão fazendo aqui de seus celulares, pessoas
que disseram que eu era retrógrado, eu quero que vocês entendam, a imprensa que
aqui acompanha, como esta Casa cai em contradição, e muita contradição. Esta
Casa que é para fazer leis, descumpre a lei, que é o Código de Trânsito
Brasileiro; descumpriu. Esta Casa fala o que diz o Código de Trânsito
Brasileiro: tem que ter cinto de segurança; cadeira para criança andar;
capacete para o motoqueiro; tem que ter a placa vermelha para quem faz a função
profissional de motorista; e quem tem a profissão de motorista tem que estar
escrito na sua carteira. E esta Casa, durante a tarde e manhã inteiras, disse
que são pessoas que estão desempregadas que precisam trabalhar. Usaram
argumentos até para deixar vir pessoas de outras cidades para cá, porque o
desemprego é muito grande – e é muito grande. Onze milhões de pessoas
desempregadas!
Então,
para não cair em contradição, teremos que aprovar a Emenda nº 17, porque ela
diz que as pessoas terão que comprovar que estão desempregadas, não tendo
nenhum vínculo empregatício. Ou vão cair em contradição de novo aqui? Ficaram a
manhã inteira, uma parte da tarde para dizer: é para desempregado, para gerar
emprego; é para as pessoas que precisam trabalhar; nós queremos ajudar as
pessoas que estão desempregadas; as famílias que têm um carro e quer usar esse
carro para ajudar a pessoa que está desempregada. É só comprovar. O que comprova
que uma pessoa está trabalhando ou não é a carteira de trabalho, é isso que
comprova. Se ele for motorista profissional, tem que fazer o cadastro na EPTC.
Então,
nós viemos aqui, no contraditório, ver se esta Casa vai manter os discursos, da
manhã e desta
parte da tarde – já são duas horas já de discussões –, quando disseram que a
vinda dos aplicativos para Porto Alegre é para geração de emprego. Acredito
que, se é para geração de emprego, as pessoas têm que comprovar que realmente
precisam trabalhar, as pessoas têm que comprovar, mediante a apresentação da
carteira profissional, que precisam trabalhar e que estão desempregadas.
Encaminhamos aos nobres Pares que aprovem a Emenda nº 17.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação nominal, solicitada por esta
Presidência, a Emenda nº 17 ao PLE nº 014/16. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) REJEITADA por 01 voto SIM e 28 votos NÃO.
Em
votação a Emenda nº 18, destacada, ao PLE nº 014/16. (Pausa.) O Ver. Clàudio
Janta está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 18, destacada,
ao PLE nº 014/16, como autor.
O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, Vereadores, público que
nos assiste, olhem como é: os trabalhistas votaram contra a carteira
profissional, que maravilha! Como diz o senhor meu pai, Sr. Alfredo Dutra da
Silva, vou morrer e não verei tudo. Mas é assim, estão cansando não é, pessoal?
Ninguém mais fala, mas nós vamos seguir defendendo o direito do povo de Porto
Alegre. Eu quero que as pessoas entendam que aqui nós estamos defendendo a
vida; nós estamos defendendo os trabalhadores de aplicativos. Um dia vocês irão
entender, e não falta muito, em São Paulo, o pessoal paralisou suas atividades
e foi à sede da empresa exigir os seus direitos. No Gigantinho, vocês eram
quase mil; nas duas votações que tiveram aqui, vocês não chegaram a 20. Porque
as pessoas da população já estão vendo a maravilha que está sendo desenhada.
Nesta semana, teve um colunista que ainda disse isto: no namoro se promete
tudo, depois que se conquista, no casamento, a realidade começa a vir à tona.
Para população já está vindo à tona, e, nesta Casa, um dia a realidade virá à
tona.
Então,
esta emenda, que pelo jeito ninguém mais vai discutir. Nos três anos e dez
meses que estou aqui, eu já aprendi: quando a gente deixa passar a noite,
algumas coisas acontecem; quando a gente para e vai almoçar, algumas coisas
também acontecem. Então, algumas coisas aconteceram no almoço. Esta emenda é
muito clara quando diz que não pode ter empresa para poder trabalhar no
aplicativo: a certidão negativa da junta comercial demonstra que a pessoa não é
empresária, que não tem empresa no nome dela. Se vocês votarem contra essa
emenda, aí realmente o negócio fica inexplicável. Aí vamos liberar para as
empresas, vamos falar com os barões. Aqui está bem claro: “IX – Certidão
negativa da Junta Comercial do Rio Grande do Sul, com finalidade de demonstrar
a inexistência de empresa em seu nome”. Se for aprovada, não vou entender mais
nada! Se é para as pessoas procurarem emprego, para as pessoas trabalharem,
para as pessoas que estão desempregadas, ou se é, na verdade, para os barões do
táxi, porque aí eles vão tomar conta dos aplicativos. Então, encaminho para que
os Pares aprovem a Emenda nº 18, que não permite que empresas estejam no
aplicativo; permite que pessoas desempregadas, pessoas que tenham o seu CPF e,
como aprovaram aqui, a sua carteira de motorista normal, o seu carro normal,
trabalhem nos aplicativos. E não permite que as empresas, que atuam hoje,
voltem a atuar nos aplicativos. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação nominal, solicitada por esta
Presidência, a Emenda nº 18, destacada, ao PLE nº 014/16. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) REJEITADA por 06
votos SIM e 23 votos NÃO.
Em
votação a Emenda nº 19, destacada, ao PLE nº 014/16. (Pausa.) O Ver. Clàudio
Janta está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 19, destacada,
ao PLE nº 014/16.
O SR. CLÀUDIO JANTA: Senhoras e senhores que nos assistem através
da TVCâmara, a Empresa Pública de Transporte e Circulação colocou nos táxis de
Porto Alegre um GPS para ver se existe ou não a necessidade de ampliar a frota
dos carros em Porto Alegre. Eu fiz um Pedido de Providências para saber a
resposta desse GPS, e a empresa respondeu que não existe necessidade de ampliar
a frota de táxis em Porto Alegre. Ela disse que o número de carros em Porto
Alegre preenche as necessidades da população. Então, nós fizemos uma emenda
limitando em 700 carros por aplicativos. Se não existe a necessidade de ampliar
a frota de carros em Porto Alegre – nós já temos quatro, cinco aplicativos
funcionando em Porto Alegre –, se nós limitarmos o número de carros por
aplicativo, vai ter serviço para todo mundo, senão, nós vamos demitir os taxistas.
E isso a empresa faz muito bem, tanto que ela não opera na Argentina, não opera
na Colômbia, agora está saindo do Chile, foi expulsa da Índia, de outros países
da Europa. Porque ela faz o dumping:
ela vem, acaba com o transporte local, depois bota o preço que quer. Essa boa
vida que estão vendo aí, de carro, que hoje está no jornal... Além da capa, na
contracapa diz que ganham 20 pila! Baixou o aplicativo no celular, ganha 20
pila na primeira corrida. O cara faz uma corrida de 25, pagou cinco pila. Isso
depois vai acabar, está acabando. Teve o show
agora, o pessoal pagou uma paulada pelas corridas. Dia de chuva, somem. Então,
nem tudo são flores! Lá na frente, serão cobrados. Eu já fui cobrado nessa
eleição, eu já paguei minha conta. Será a vez de os senhores e as senhoras
pagarem as suas.
Nós
estamos limitando o número de carros, até porque muito se fala em mobilidade
aqui, vários falam. E isso vai influenciar na tarifa dos ônibus, porque o
cálculo da tarifas de ônibus é feito pelo número de passageiros, pela
quantidade de pessoas que andam nos ônibus. Aí todo mundo fala em mobilidade.
Agora, imagina essa montoeira de carros andando na cidade de Porto Alegre.
Imaginem! Isso vai afetar todo o sistema de transporte coletivo de Porto Alegre
– ônibus, lotação –, não é só táxi que vai afetar. Nos Estados Unidos é mais
barato andar pelo aplicativo do que andar de metrô. “Ah, mas é a lei de
mercado...” É a lei de emprego, gente! Ninguém questiona a questão da
empregabilidade? Por que não aprovaram a questão da carteira, se é para gerar
emprego? Por que não aprovaram? Emprego é emprego! Ou é bico? Nós temos que
gerar emprego ou gerar bico? Os colegas nunca se questionam, quando chegam nos shopping centers hoje em dia e só falam com máquina, quantos empregados
foram demitidos nas cancelas dos estacionamentos? Quantos bancários foram
demitidos? Essa greve dos bancários alguém sentiu? Nós estamos falando de
emprego. Ou nós vamos viver de bico, quando nós permitir que as pessoas comecem
a fazer as coisas como bico, não como emprego. Porque é muito bonito a empresa
falar: “são os nossos colaboradores”. Não, tem que falar que são os nossos
empregados, porque pagam para essa empresa. Então, para não influenciar no
cálculo da tarifa, não influenciar no transporte de ônibus ou lotação, estamos
pedindo para limitar o número de carros nos aplicativos em Porto Alegre. Muito
obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a
palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 19, destacada, ao PLE nº 14/16.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Como já disse a vários, eu não concordo
com a democracia do aplauso; acho que temos que ter coragem para defender
nossas posições. Já falei a vários taxistas que acho que o limitador, proposto
pelo Ver. Cláudio Janta, muito pequeno. Mas quero dizer aqui, nesta tribuna,
que tem razão quando se busca um limitador na cidade de Porto Alegre. Esse é um
dos grandes furos da legislação enviada pela EPTC aqui para a Câmara de Vereadores.
Nós não temos, Cristina, como saber qual é o tamanho de Porto Alegre em número
de viagens, mas é inadmissível que não se tenha um limitador. Porto Alegre tem
uma oferta e uma demanda, conforme o tamanho da Cidade. Se não houver um
limitador, daqui a pouco vamos ter 30 mil carros de aplicativos que vai fazer,
não só o que falava o Ver. Clàudio Janta, com o qual concordo, um escândalo na
empregabilidade, porque todos vão perder, os trabalhadores da Uber, WillGo,
taxistas, mas, muito mais do que isso, a população vai perder, porque esses
aplicativos operam conforme a oferta e a demanda, levantando a tarifa em
momentos em que a população mais precisa. Não é à toa que, quando tem show e há uma ocupação grande dos táxis
e também do Uber, alguém pode fazer uma corrida que custaria R$ 20,00 e pagar
R$ 100,00. Só que na medida em que se limita e se diminui a oferta pública, que
é tabelada, porque o mercado é um só, mais pessoas em momento de pico vão
depender do aplicativo. E esse aplicativo vai gerar a tarifa dinâmica... Aliás,
eu gostaria de saber como é gerada a tarifa dinâmica? Qual é o cálculo de
algarítimos do computador que faz gerar a tarifa dinâmica, se não é quando a
população mais precisa, porque eu estudei como funcionou em outros países do
mundo, nos Estados Unidos, em Dallas e em outros lugares; e é correto quando se
fala em dumping, é uma prática de dumping sim!
Portanto,
eu quero deixar aqui registrado que a tua proposta, Janta, é muito pequena,
porque 700 carros para todos os aplicativos é muito pouco. Mas tem o meu
compromisso de buscar um número justo, um limitador justo, porque Porto Alegre
precisa limitar, sim, o número de carros dos aplicativos sob pena de perder a
empregabilidade e a população perder também.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação nominal, solicitada por esta
Presidência, a Emenda nº 19, destacada, ao PLE nº 014/16. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) REJEITADA por 02
votos SIM e 26 votos NÃO.
Em
votação a Emenda nº 20, destacada, ao PLE nº 014/16. (Pausa.) O Ver. Clàudio
Janta está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 20, destacada,
ao PLE nº 014/16, como autor.
O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, na Emenda nº 20, nós estamos propondo que 25% da taxa gerencial
operacional, que prevemos no projeto, sejam revertidos para um fundo de
educação no trânsito a ser criado. Já que a Prefeitura de Porto Alegre vai
liberar para todo mundo dirigir, que faça um fundo de educação no trânsito; que
a Fundação Thiago Gonzaga e outras fundações habilitadas comecem a educar, a
reciclar, a mostrar para essas pessoas que estarão na rua, porque, pelo jeito,
será liberado e nenhum limite se impôs. Então os quatro ou cinco aplicativos
que existem em Porto Alegre estarão liberados para cadastrar quantos carros
quiserem, que essas pessoas tenham acompanhamento, cursos, tenham uma dinâmica
no dia a dia do trânsito da nossa Cidade, para saberem como funcionam as leis
de trânsito. Então nós estamos propondo que se crie esse fundo, que, depois, na
regulamentação, o Prefeito crie esse fundo e destine 25% da taxa de
gerenciamento operacional para esse fundo, e que ele sirva para a educação
desses profissionais, já que os estamos liberando no trânsito de Porto Alegre,
sem nenhuma capacidade técnica e profissional para dirigir, fazer transporte de
vidas na cidade de Porto Alegre. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação nominal, solicitada por esta
Presidência, a Emenda nº 20, destacada, ao PLE nº 014/16. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) APROVADA por 17
votos SIM e 10 votos NÃO.
A
Emenda nº 21 está prejudicada pela aprovação da Emenda nº 08.
Em
votação a Emenda nº 22, destacada, ao PLE nº 014/16. (Pausa.) A Ver.ª Fernanda
Melchionna está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 22,
destacada, ao PLE nº 014/16.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Olha, vou ser
bastante breve, Ver. Dinho, porque eu tenho impressão, olhando a emenda, que ao
retirarmos o Inciso I, III, V e VIII do § 3º do art. 2º, na verdade, está se
tirando o controle dos usuários sobre o carro a ser pego. O § 1º diz assim
(Lê.): “Os dados de que trata o § 2º deste artigo devem conter, no mínimo, a
origem e o destino da viagem”. O usuário tem que receber isso: o mapa do
trajeto, que é uma forma importante para o usuário escolher se vai pegar ou não
aquele carro. Mais o item a ser pago. Se a tarifa é dinâmica – e tem a tarifa
dinâmica – e tu tiras o item a ser pago, alguém pode pegar uma viagem
desavisado. E o 7º que fala sobre outros dados pedidos pela EPTC.
Então, eu quero encaminhar a rejeição dessa
emenda, acho que ela fere frontalmente o direito do consumidor e o direito de
informação que os usuários têm.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 22, destacada, ao PLE nº 014/16.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, essa emenda realmente não estou
entendendo, porque a propaganda do aplicativo se baseia no fato da pessoa
entrar nesse aplicativo, dizer onde vai, primeiro ponto. E o outro, no
aplicativo diz ali: “Quero ir do local tal ao destino tal”. Eu sou leigo nesse
negócio. Então, a emenda tira essa prerrogativa. Como é que o cara chama o
aplicativo? Segundo, o mapa do trajeto,
senão eu posso pegar a pessoa aqui na Câmara de Vereadores, a pessoa quer ir ao
aeroporto, e eu vou, primeiro, em Belém Velho, dou uma volta na Restinga e
depois vou para o aeroporto. Tem que botar o mapa. Todas as informações que
tenho dos aplicativos... Se tu dizes onde tu estás e aonde tu queres ir, ele
diz o preço. Não é isso? Eu nunca usei. E no outro, a Empresa Pública não vai
saber de nada. Eu acho que não tem condições de aprovar isso. Não tem. Acho que
isto aqui tira a empresa de Porto Alegre, desregulamenta tudo que estamos
tentando regulamentar. Acho que isto aqui é pior do que algumas coisas que
foram votadas; além de não ter placa vermelha, além de não ser motorista
profissional, isto aqui é o pior de tudo. Isso aqui é a catástrofe geral. Como
a pessoa vai chamar o negócio? Eu quero ir de tal lugar para tal lugar, como
vai informar se não tem onde informar? Qual é o custo da corrida se não tem o
mapa do trajeto? Se não tem que dizer quanto vai pagar? Olha, aí depois falam
mal dos taxistas. Daqui a uma semana, vão estar falando mal dos trabalhadores
em Uber. Então, nós encaminhamos pela completa rejeição desta emenda, porque
ela não condiz com o que é dito, com o que é falado dos aplicativos, porque
falam que os aplicativos informam tudo isto aqui: origem, tempo e distância da
corrida, mapa, identificação do condutor. Então, sou pela rejeição desta
emenda.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 22, destacada, ao PLE nº 014/16.
O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, colegas Vereadoras,
Vereadores, senhoras e senhores, os dados que estão colocados na legislação que
estamos aprovando são fundamentais. A Empresa Pública de Transporte e
Circulação – EPTC, precisa ter os dados. O consumidor pode pedir, pode
solicitar, pode demandar. Imaginem se nós vamos tirar toda essa questão de
dados do trajeto, saída, destino, o mapa. Nós temos essa questão que a Fernanda
colocou de forma claríssima aqui. A Ver.ª Fernanda Melchionna colocou
clarissimamente a questão da mudança inclusive do preço, dependendo dos
horários. Se nós não tivermos esses dados, como é que a EPTC vai agir? Como é que
ela vai ter algum controle? Como nós, cidadãos, podemos solicitar para a EPTC
informações? O consumidor tem que saber também dessas informações, ou seja, nós
somos radicalmente contra esta emenda. Queremos manter o texto original porque
ele ajuda enormemente a Empresa Pública a ter esse controle. Nada mais, é só
isso, mas não pode vingar esta proposição. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio
Trogildo): O Ver. Mauro
Pinheiro está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 22,
destacada, ao PLE nº 014/16.
O SR. MAURO PINHEIRO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras.
Vereadoras, só complementando o que disse o Ver. Adeli Sell, quero dizer que a
Emenda nº 22 exclui os incisos I, III, V e VII do art. 2º, parágrafo 3º do projeto
de lei; excluiria, então, a origem e destino da viagem, o mapa do trajeto,
itens do preço pago e outros dados solicitados pela EPTC, em harmonia com o
espírito do parágrafo 2º. Então, ficaria totalmente inviabilizado, não
saberíamos para onde ir nem como. Só se não entendi, mas eu também voto
contrariamente, porque acho que isso é essencial no momento em que se chama o
Uber: saber o valor que se vai pagar. Então, se eu entendi certo, não tem como
votar em cima desta emenda. Os Vereadores têm que prestar bastante atenção,
porque isso inviabiliza o chamamento, e concordo com o Ver. Adeli Sell,
votarei contrário à Emenda.
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Elizandro Sabino está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 22, destacada, ao PLL nº 014/16.
O SR. ELIZANDRO
SABINO:
Sr. Presidente, apenas para não ser repetitivo, a Emenda ora debatida, ela
também traz um prejuízo à Emenda nº 31, de autoria do Ver. Idenir Cecchim, que
no seu art. 2º, § 3º, traz a obrigatoriedade de os dados operacionais do
serviço de transporte motorizado privado remunerado de passageiros deverem ser
disponibilizados pelas operadoras credenciadas ao órgão gestor, na forma de
periodicidade a ser definida no decreto regulamentador da presente Lei. Ora, a
presente Emenda afronta diretamente a Emenda nº 31, que é uma emenda perfeita,
necessária, pois o órgão gestor necessita ter esses elementos, que são de forma
periódica, a informação a respeito de todo o compartilhamento junto ao
Município e a obrigatoriedade de abrir esses dados por parte dos aplicativos.
Nesse sentido, também encaminhamos para que essa Emenda seja derrotada.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação nominal, solicitada por esta Presidência, a Emenda nº 22,
destacada, ao PLE nº 014/16. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 01 voto SIM, 25 votos NÃO
e 02 ABSTENÇÕES.
Em votação nominal, solicitada por esta
Presidência, a Emenda nº 23, destacada, ao PLE nº 014/16. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 06 votos SIM e 24 votos NÃO.
Em
votação a Emenda nº 24, destacada, ao PLE nº 014/16. (Pausa.) O Ver. Marcelo
Sgarbossa está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 16,
destacada, ao PLE nº 014/16.
O SR. MARCELO SGARBOSSA: Estávamos convidando o autor da emenda, o
Ver. Dr. Thiago, para explicar a ideia, e ele desistiu – não sei se o fará logo
depois a minha fala.
A
questão aqui está na identificação ou não do automóvel... Tem uma outra emenda
que trata também do tema? (Pausa.) Essa exclui a identificação, não? (Pausa.)
Bom, se não trata da identificação, não tem o que falar aqui, mas deixem eu já
fazer uma fala que vale para a próxima emenda, que é uma problematização. Se
você tem um veículo que está identificado, o mínimo que seja, você o está
equiparando a um táxi, de alguma forma equiparando ao táxi. Portanto, se as
pessoas veem que está passando um veículo e ele está disponível, está conectado
num aplicativo, a pessoa sinalizará, ou teremos um fiscal a cada 50 metros, e,
eventualmente, em acordo com o motorista, simulará uma chamada pelo aplicativo;
portanto, estaremos equiparando o veículo do aplicativo a um táxi. Então eu
levanto aqui a problematização. Escutamos um argumento sobre o que está
acontecendo – já aconteceu em São Paulo e, pelo que escutamos, também aqui em
Porto Alegre –, que algumas pessoas que não são cadastradas nos aplicativos
atuais percebem que a pessoa está ali, na saída de uma festa, olhando o
celular, dando a entender que está esperando a chegada do veículo que chamou
pelo aplicativo, abrem a porta e acabam colocando a pessoa para dentro do
veículo. Eu quero dizer o seguinte: você chama o veículo pelo aplicativo, é um
veículo “x” – um Corsa, por exemplo, vermelho – , aí encosta um veículo de
outra modalidade, de outra cor, com outro motorista, e tu entras nesse veículo?
Então me parece um pouco de exagero. Se está acontecendo isso, é porque a
pessoa está totalmente desavisada, sequer se deu ao trabalho de verificar no
aplicativo a cor do veículo, o modelo do veículo e quem é o motorista que está
chegando. Então, realmente, essa questão da identificação é muito problemática,
e eu queria fazer esse levantamento aqui para encontrarmos a melhor saída.
Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Clàudio Janta está com a
palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 24, destacada, ao PLE nº 014/16.
O SR. CLÀUDIO
JANTA:
Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, se nós não identificarmos o carro do
aplicativo – em quase todo o mundo, é identificado, no México, nos Estados
Unidos –, nós vamos estar liberando o transporte clandestino em Porto Alegre. O
argumento do Ver. Marcelo aqui... Está liberando! É bem claro. Nós acabamos de
ver aqui, foi esclarecido: tu fazes a chamada pelo aplicativo. Agora, tem que
identificar esse carro, tem que saber; se não, nós vamos liberar o transporte
clandestino em Porto Alegre. Acho que o Executivo vai tratar a
regulamentação como é no México, nos Estados Unidos que tem uma identificação
de que é de um aplicativo: Uber, WayTaxi, 99Taxi. Acho que nenhum trabalhador
vai ter vergonha de dizer que trabalha para uma empresa dessas. Ninguém está
falando em pintar o carro de verde, de azul, ou de outra cor. Uma identificação
que possa ser retirada. Mas tem que ter uma identificação. Vejam bem, senão
vamos liberar o transporte clandestino em Porto Alegre! Vai fugir do controle
da Empresa Pública a questão do transporte de Porto Alegre! Saberemos que terá
dois tipos: o táxi e o aplicativo. Sem identificação, não teremos controle
nenhum! Foi a Empresa Pública que mandou esse projeto pedindo a identificação.
Sem ela, não terá controle sobre quem está dirigindo, transportando a população
de Porto Alegre. Do contrário, vamos legalizar a informalidade do transporte
individual.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 24, destacada, ao PLE nº 014/16.
O SR. IDENIR
CECCHIM:
Sr. Presidente, senhoras e senhores Vereadores, eu não devia vir aqui, mas eu
me senti quase que na obrigação, Ver. Janta. A identificação, melhor do que se
está fazendo, como hoje faz
o Uber, que diz qual é a cor do carro, qual é a placa do carro, a que horas o
carro vai chegar, onde vai chegar. A identificação o cidadão já faz. E eu
fiquei muito preocupado, porque eu tenho um sonho de andar de Mercedes. Como eu
não tenho possibilidade de andar de Mercedes por conta própria, eu gostaria de
chamar um black, um Uber, para poder
chegar a algum lugar, num hotel, num restaurante, ou para sair de um
restaurante. Mas eu não quero ser identificado. Então não posso dizer que
chegou de aplicativo. Eu quero chegar num carro discreto, com toda a
comodidade. Então não há necessidade de identificar. E eu voto contra a identificação.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra
para encaminhar a votação da Emenda nº 24, destacada, ao PLE nº 014/16.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, a nossa Bancada quer deixar muito claro por que vai votar a favor,
contra a retirada de qualquer identificação, e manter o texto original, neste
inciso e o art. 13. Nós, a partir desse debate, estamos regulamentando esse
serviço. É um serviço que é de um carro particular, portanto, não é uma
identificação, por isso votamos contra a placa, não é uma identificação
permanente, ele não é um carro como o que vai pegar na rua. O atendimento na
rua vai ser do taxista, ele não vai poder atuar assim. Tínhamos dúvidas na
identificação por causa disso, porque esse é o nicho do táxi, a rua, o estar
circulando. Por isso nós achamos que tem que manter também o art. 13, uma
identificação discreta tem alguns sentidos. Um, a autorização para funcionar,
porque nós votamos uma série de exigências; colocamos uma série de exigências.
Nós restringimos a um carro uma pessoa. Nós estamos mantendo vistoria de seis
em seis meses. Como que um fiscal, se chamado, se acionado, se parar o carro,
vai poder saber qual é o carro, identificar, ou mesmo identificar que tem
pessoas por fora do aplicativo se oferecendo, se não tiver nenhuma
visualização, por pequena que seja, que seja até no adesivo, aquele que está a
vistoria realizada. Então, é necessário. Nós entendemos que é necessário, que,
a partir de agora, deixe de ser um transporte não autorizado; uma vez
autorizado, tem exigências a cumprir, é preciso haver uma identificação. Óbvio
que ela tende à característica de não ser permanente, ela pode ser retirada
quando esse carro não está nesse serviço. Então, às Emendas nº 23 e nº 24, nós
somos contrários. Agora vamos fazer um transporte que será bem fiscalizado.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Dr. Thiago está com a palavra para
encaminhar a Emenda nº 24, destacada, ao PLE nº 014/16.
O SR. DR.
THIAGO: Ver.ª
Sofia, a Emenda nº 23 não tem a ver com a identificação, a Emenda nº 23 foi
derrotada aqui, é uma Emenda nossa que limita o ganho das operadoras de
aplicativo a 20%. Essa é a Emenda nº 23. A Emenda nº 24, que é a que estamos
encaminhando agora, é com relação à identificação visual. Se for aprovado o
texto original e não for aprovada a Emenda, nós vamos estar dando a
possibilidade das pessoas solicitarem a corrida também fora do uso do aplicativo
e fora da nossa regulamentação aqui hoje. Então, vamos estar contribuindo para
que se continue o transporte não regular, não regulamentado de passageiros. A
identificação visual é importante também por isso. O fiscal da EPTC deve parar
os veículos e fazer as avaliações, as investigações, tomar as necessárias
providências, e não vai ser pela identificação visual do veículo que ele vai
fazer isso. A Câmara, contrária à minha opinião também, porque queria pelo
menos uma verificação por ano ou que não tivesse uma verificação por ano, só
vai fazer a verificação dos veículos de seis em seis meses. A outra questão é
que vamos estar continuando a perpetuar uma rixa, que estamos conseguindo
avançar com o tempo, entre os que utilizam o aplicativo Uber e os que utilizam
táxis, nós não precisamos continuar perpetuando isso. Então, volto a ressaltar
o seguinte: a identificação visual vai fazer com que os indivíduos parem os
veículos que estiverem identificados e façam a corrida fora do aplicativo. Qual
a decorrência disso? É de que todo esforço que vimos tendo há meses aqui, e a
regulamentação dessa lei não vai valer para nada. Por isso peço a compreensão o e ajuda dos colegas.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra
para encaminhar a votação da Emenda nº 24, destacada, ao PLE nº 014/16.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, o autor da emenda, que acaba de sair da tribuna, é meu
correligionário, meu companheiro de bancada e, sabidamente, é uma pessoa pela
qual eu tenho grande apreço e respeito, especialmente porque é um homem muito
firme nas suas posições, nas suas convicções. Eu, no presente momento, cumpro
rigorosamente uma tarefa que me impõe a circunstância de estar na liderança do
Governo neste histórico momento para a Câmara de Vereadores. E o Ver. Dr.
Thiago sabe perfeitamente bem, porque está devidamente informado disso, de que,
na opinião do Governo, especialmente da sua área técnica, a retirada, a exclusão
pura e simples do art. 13, que fala que a identidade visual dos veículos
executores do serviço de transporte motorizado privado remunerado de
passageiros consistirá de elemento discreto de reconhecimento do serviço, nos
termos da regulamentação desta lei. Enfatizo a expressão “elemento discreto de
reconhecimento do serviço, nos termos da regulamentação desta lei”. Essa
redação, Sr. Presidente, inserida na lei, eu sei, e vários colegas sabem bem,
foi precedida de grandes discussões, de grandes debates. Por isso, e
especialmente porque é resguardada essa circunstância de que a decisão da Casa
será eventualmente regulamentada em posterior, eu saliento a circunstância de
que, se nós aprovarmos a emenda, nós simplesmente retiramos isso e não terá
mais a possibilidade de reinclusão, enquanto que, se não aprovarmos a emenda e
for para a redação final, ou para a redação do decreto regulamentador, poderá
haver correções que eventualmente sejam recomendadas. Eu assinava, Sr.
Presidente, até num dever, não só de lealdade ao Dr. Thiago, mas como de
coerência própria, que essas situações pendentes de breves acertos, nós
eliminamos, quando aceleramos o encerramento da discussão, quando poderíamos
ter um prazo bem amplo para consertar determinadas composições. Hoje, lamentavelmente,
nós só temos duas posições: ou se mantém ou se exclui; é 8 ou 80. O Governo
entende – e, obviamente, saberá respeitar a decisão da Casa – que deve ser
mantido, porque, inclusive, isso facilitará a tarefa de fiscalização – do qual
o Governo não pode, não deve e não irá abrir mão –, e, de outro lado, permite,
inclusive, algum resguardo que os próprios operadores do sistema via aplicativo
haverão de ter no futuro. Porque não há que se pensar que essa lei é
exclusivamente para o Uber; não, não é. O Uber pode ser o ponto inicial,
deflagrador de todo esse processo, mas não é o único, e evidentemente o tempo
irá confirmar por inteiro essas colocações que são minhas, fruto não só de uma
observação, mas do próprio contexto em análise, que estamos realizando no
momento. Por isso, Sr. Presidente, pela vez primeira neste debate, eu venho a
tribuna, em nome do Governo, para dizer o seguinte: o Governo recomenda,
postula a manutenção do dispositivo inserido na Lei até o presente momento, o
que nós esperamos ver confirmado. Era isso, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra
para encaminhar a votação da Emenda nº 24, destacada, ao PLE nº 014/16.
O SR. MAURO PINHEIRO: Presidente, Vereador Cassio; demais
Vereadores e Vereadoras, temos que ter um cuidado. Vários Vereadores não querem
a identificação externa nos veículos dos aplicativos, e nós temos dois
dispositivos que aparecem no projeto de lei. Um consta no inciso XI, que deverá
ter uma identificação visual externa. Como não diz qual é o tipo de
visualização, deixa brecha para qualquer tipo de visualização, ao contrário do
art. 13, que diz. (Lê.): “A identidade visual dos veículos executores de
serviço de transporte motorizado privado remunerado de passageiros consistirá
de elementos discretos de reconhecimento do serviço, nos termos da
regulamentação desta lei.” Então, aprovando, retirando o inciso XI, que é o que
diz que vai ter uma visualização externa “promover a identificação visual dos
veículos”... Nós podemos retirar o inciso XI, que o que a EPTC quer, que é a
identificação discreta, está prevista no art. 13.
(Aparte
antirregimental do Ver. Valter Nagelstein.)
O SR. MAURO PINHEIRO: Não, a emenda está excluindo o inciso XI, que é “promover a
identificação visual dos veículos”, o que deixa margem para qualquer tipo de
identificação, não especifica qual é. O art. 13, diz “consistirá de elementos
discretos de reconhecimento do serviço”, que é o que a EPTC necessita para
poder identificar se o carro é ou não de um aplicativo.
Nós podemos, sim,
retirar o inciso XI, que está garantido que a EPTC – estão nos colocando aqui
no plenário –, terá a identificação discreta que está prevista no art. 13. A
Emenda nº 02 retirava o art. 13, mas ela foi rejeitada. Portanto, o art. 13
está valendo, e nós podemos, sim, Ver. Dr. Thiago, retirar o inciso XI, porque
a identificação está prevista no art. 13. A identificação está garantida
através do art. 13, porque foi rejeitada a Emenda nº 02. Podemos aprovar a
emenda do Ver. Thiago e estará contemplada a EPTC através do art. 13. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a
palavra para encaminhar a votação a Emenda nº 24, destacada, ao PLE nº 014/16.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Eu quero ser muito rápida sobre a questão
da identificação. Eu entendo a argumentação da EPTC, que é preciso controlar os
motoristas cadastrados e as placas, mas pela lei que nós estamos aprovando a
EPTC deve receber tudo, toda a documentação dos motoristas, dos carros e uma
série de documentos de cada um desses motoristas. Eu acho que a identificação
visual pode, num clima de animosidade, ser ruim na Cidade, e cacho mais, que
pode interferir na lógica do serviço do próprio táxi. Nós temos uma
compreensão, na lei, que acho que é unânime nesta Casa, que esses aplicativos
são mediados só pelo celular. A pessoa está na sua casa e chama o serviço, como
funcionam outros aplicativos, o Easy, o 99, mas aí vinculados à lei geral do
táxi. Se o veículo for identificado, obviamente ele vai poder ser parado na
rua, e, em vez de ser o cartão de crédito, ali, numa relação, o cara paga em
dinheiro. E quem controla? Então eu acho que a identificação visual é ruim
nesse sentido, e por isso eu vou votar a favor da emenda no sentido de tirar a
identificação visual.
Poderíamos
fazer um debate em três vertentes. Com a documentação que a EPTC vai receber da
placa, do nome do condutor, de tudo que precisa ser enviado para vocês,
incluindo os valores dos impostos, é preciso equiparar a EPTC para promover uma
melhor fiscalização. Eu cobro muitas vezes aqui a fiscalização da EPTC: cobrei
no caso dos barões do táxi, no caso do transporte coletivo – aliás, um
escândalo, duas vezes nós reduzimos as tarifas de ônibus de Porto Alegre, os
Vereadores junto com a juventude nas ruas, e a EPTC avalizando os aumentos
abusivos ilegais. Nós precisamos garantir que a fiscalização funcione com a lei
dos aplicativos, e acho que a taxa de gerenciamento operacional pode ser uma
fonte de recursos para garantir que a legislação possa ser fiscalizada a partir
das informações que agora serão obrigatórias, sem a necessidade de
identificação visual.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Valter Nagelstein está com a
palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 24, destacada, ao PLE nº 014/16.
O SR. VALTER NAGELSTEIN: Vereadores, eu quero chamar a atenção dos
colegas que a coisa está meio embaralhada. Nós estamos diante de duas emendas
diferentes aqui, só para que todos entendam. Se aqueles Vereadores que querem
retirar a identidade visual, como encaminhou o Ver. Idenir Cecchim... Há duas
emendas diferentes: a nº 24 e a nº 25, do Ver. Dr. Thiago; uma fala sobre o
inc. XI e a outra fala sobre o art. 13, que estabelece uma identificação
discreta; o art. 2º diz que a exploração do serviço de transporte motorizado
privado remunerado de passageiros depende de autorização do Município de Porto
Alegre, por intermédio da Empresa Pública de Transporte e Circulação, a pessoas
jurídicas, operadoras de plataforma tecnológica, conforme critérios de
credenciamento fixados nesta lei e em seu regulamento. Aí tem os parágrafos, e
o Inciso XI, do art. 4º diz o seguinte: promover a identificação visual dos
veículos. Então, se a ideia é não haver identificação, temos que votar essas
duas emendas. Sim, temos que suprimir o inc. XI e o art. 13; é isso, está bem?
Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. DR. THIAGO: Só para um esclarecimento, exatamente na
tônica que o Ver. Valter Nagelstein falou, a Emenda nº 24 exclui o Inciso XI do
art. 4º; e a Emenda nº 25 exclui todo o art. 13. Então, é exatamente isso que o
Ver. Valter Nagelstein acabou de mencionar.
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Delegado Cleiton está com a
palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 24, destacada, ao PLE nº 14/16.
O SR. DELEGADO CLEITON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras.
Vereadoras, público que nos assiste. Eu vi algumas alegações aqui quanto ao
fato da identificação; algumas alegações que não entendi. Nós já sabemos que a
identificação vem através do aplicativo, então alguns colocaram o pressuposto
de que os taxistas são agressivos e vão atacar o Uber, e que o Uber, no momento
em que tiver a identificação, vai se utilizar desse argumento para sair da rota
do Uber. Eu não acredito nisso, senhores. Eu não acredito! Nós temos que votar
aqui com bom senso. Eu acho que o Uber tem que ter a identificação, assim como
o táxi tem uma cor, um prefixo, o carteirão, para melhorar, inclusive, a
segurança das pessoas que pegam o Uber. Deve ter essa identificação sim,
inclusive com número, senhores. Com esse prefixo, esse número, vai-se reforçar
o aplicativo.
Então,
às vezes, não queremos misturar táxi com Uber, mas temos que misturar, sim, em
algumas questões. O táxi, como eu já falei, tem o prefixo, que identifica; tem
a cor, que identifica; tem o carteirão, que identifica. Então, queremos também
que o Uber seja identificado, é só isso. E isso, senhores, tem nos Estados
Unidos, no Canadá, no México, na França, na Alemanha, na Espanha. Então, nós
não vamos estar fugindo de nenhum argumento aqui. Os motoristas do Uber querem
emprego, senhores, não vão utilizar a identificação para pegar dinheiro vivo,
não são estelionatários, não isso que nós estamos vendo aqui. Temos que trazer
dessa igualdade, dessa segurança para o contribuinte. Por isso, eu voto pela
identificação sim.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação nominal, solicitada por esta
Presidência, a Emenda nº 24, destacada, ao PLE nº 014/16. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) APROVADA por 19 votos SIM
e 07 votos NÃO.
A Emenda nº 25 está prejudicada pela rejeição da
Emenda nº 02. O final dessa Emenda tentava suprimir o art. 13. Como ela foi
rejeitada, a mesma matéria não pode ser novamente abordada, então a Emenda nº
25 não será tratada.
Em votação a Emenda nº 26, destacada, ao PLE nº
014/16. (Pausa.) O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para encaminhar a
votação da Emenda nº 26, destacada, ao PLE nº 014/16.
O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, agora fiquei preocupado, Ver. Mendes, eu estou achando que querem
fazer um outro CFC pelo jeito aqui. Isso é um absurdo tão grande, tudo que se
disse aqui, para trabalhar, para fazer um bico, se começar a fazer tudo isso,
então, transforma-se em mais uma categoria de profissionais diferentes.
(Manifestações nas galerias.)
O SR. IDENIR
CECCHIM:
Mas aí ele compra um táxi se ele quiser fazer um curso assim! Não tem problema.
Ele não quer o táxi, ele quer trabalhar com um carro diferente. E quem vai
fazer esse julgamento é quem usa, é quem vai saber se ele...
(Manifestações nas galerias.)
O SR. IDENIR
CECCHIM:
Não, não precisa furar pneu, não. Fica tranquilo que a população é muito mais
esperta.
(Manifestações nas galerias.)
O SR. IDENIR
CECCHIM:
Compra um que eu vou. Se tiver Mercedes-Benz no táxi, eu vou. Então, eu acho
que tem certas coisas... Eu votei em emendas em que fui aplaudido aqui desse
lado. Agora eu estou aqui não para ser aplaudido; estou aqui para fazer uma
votação de acordo com o que a população quer! Não é só taxista que pede para
votar!
(Manifestações nas galerias.)
O SR. IDENIR
CECCHIM: Acho
que é bom não medir isso. A população vai saber se o taxista está melhor; ou se
o Uber está melhor. É a população que vai dizer! Quem elege é a população, não
é o taxista! É a população de Porto Alegre, então não venham me direcionar
aqui! Eu sou contra que se faça todas essas bobagens para deixar alguém
trabalhar com uma coisa organizada, avalizada a cada corrida, escrita, sem
problema nenhum! Então, sou contra essa emenda, vou votar contra, acho um
absurdo criar mais um serviço, mais uma despesa, mais um gasto e mais
burocracia. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Clàudio Janta está com a
palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 26, destacada, ao PLE nº 014/16.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr.
Presidente, o pessoal aqui hoje está com crise de identidade. Séria crise de
identidade. Eu tenho a minha, eu sei o lado que estou e sempre o lado que
estive. Agora, alguns estão com crise de identidade: os caras não querem que o
motorista do aplicativo seja motorista profissional. Agora eles vêm com uma
emenda propondo curso para motorista profissional! Olha a loucura dos caras!
Olha só que loucura! Eu posso pegar, fazer minha carteira de motorista e ir
dirigir no aplicativo. Pego o meu carrinho, meu Ka, Fiesta, Uninho, ou Palio, e
cadastro no aplicativo. Tirei minha carteira, ontem, e cadastro no aplicativo
hoje. Aí querem que eu faça curso? Ou eu sou motorista profissional, tenho lá
na minha carteira de habilitação dizendo isso, ou isso aqui é balela, isso aqui
é fazer média! Por isso que eu digo, o pessoal não sabe o que quer aqui, tem
que manter coerência, tem que manter uma linha: votem a favor da carteira
profissional e aí proponham curso de qualificação para motorista profissional.
Não podem pedir que uma pessoa vá fazer curso de direção defensiva, disso ou
daquilo, se não se quer nem identificação do carro, vai se saber quem é carro.
Se pedirem para fazer a vistoria, quem vai fazer? Quem vai fazer a vistoria? Eu
me cadastro hoje no aplicativo, faturo uma grana no fim de semana, amanhã saio
desse aplicativo e vou para outro. É isso que estamos aprovando aqui. Então,
está sem orientação de votação, porque a maioria do plenário queria derrotar a
emenda do Governo ainda há pouco. Tem encaminhamento do Governo para derrotar a
emenda, mas aí vem a orientação.
A orientação é esta? Então, cumpriu uma orientação, derrotaram o próprio
Governo; pessoas que estão no Governo derrotaram o próprio Governo. O Governo
quer identificação. O projeto do Governo diz que tem que ter identificação para
a EPTC fiscalizar, porque senão a EPTC não vai fiscalizar, não tem como
fiscalizar. Nós vamos liberar a clandestinidade em Porto Alegre, aí não existe
regulamentação, existe uma clandestinidade generalizada em Porto Alegre. Aí
querem fazer curso... Quem vai fazer o curso se não tem identificação? Eu acho
que há uma série crise de identificação, uma série crise de não saber de que
lado está... Nós encaminhamos aqui pela rejeição desta emenda, porque ela não
condiz com algumas coisas que foram defendidas aqui, já que as carteiras não
precisam ser profissionais. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Dr. Thiago está com a palavra para
encaminhar a votação da Emenda nº 26, destacada, ao PLE nº 014/16.
O SR. DR. THIAGO: É que está faltando leitura do projeto,
pessoal. “Art. 10. São requisitos para o cadastramento, junto às
autorizatárias, como condutor do serviço de transporte motorizado privado de
passageiros: [...] II – comprovação da aprovação em curso de formação, com
conteúdo mínimo a ser definido pelo Município de Porto Alegre”. Nós só estamos
definindo o conteúdo mínimo; vocês podem discordar do conteúdo mínimo, podem
achar que não é suficiente, podem não querer regulamentar, deixar para a EPTC,
mas vocês não podem desconstituir a vontade e o desejo de um Parlamentar de
determinar o conteúdo mínimo. E foi simplesmente isso que se fez: determinar o
conteúdo mínimo a ser ministrado para formação, já que está no art. 10, inc.
II: “[...] comprovação da aprovação em curso de formação, com conteúdo mínimo a
ser definido pelo Município de Porto Alegre”. É simplesmente isso. Então,
leitura.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra
para encaminhar a votação da Emenda nº 26, destacada, ao PLE nº 014/16.
O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras.
Vereadoras, tem completa razão o Ver. Thiago quando fala na leitura do projeto.
Eu li o projeto e também li a emenda. Eu concordo com o Vereador quando ele diz
que ele tem a possibilidade de apresentar uma proposta sobre o conteúdo.
O
Ver. Thiago nos diz que o conteúdo será dividido em: Módulo 1 – Relações
Interpessoais, 10 horas; Módulo 2 – Elementos Básicos de Transporte, 10 horas;
Módulo 3 – Direção Defensiva e Regras Gerais, 8 horas; e assim por diante.
Só
que, no conteúdo do projeto, nós temos que o conteúdo do treinamento será
definido por decreto, pelo Executivo, e eu me filio a esta proposta. Já
imaginaram se nós dissermos que o treinamento terá numa matéria 10 horas e se
lá na hora do treinamento se compreender que é mais importante, que é
necessário 12? Seria necessário trazer um projeto novo aqui para a Câmara e
votar, modificando de 10 para 12 horas.
Eu
acredito que está bem escrito no projeto. Vamos deixar que o Executivo, quando
apresentar estes treinamentos, defina a quantidade de horas necessárias e as
matérias a serem inseridas no processo. É por isso, meu caro Janta, que eu voto
contra a emenda. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação nominal, solicitada por esta
Presidência, a Emenda nº 26, destacada, ao PLE nº 014/16. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.)
REJEITADA por 02 votos SIM e 24 votos NÃO.
Em votação a Emenda nº 27, destacada, ao PLL nº
014/16. (Pausa.) O Ver. Dr. Thiago está com a palavra para encaminhar a votação
da Emenda nº 27, destacada, ao PLL nº 014/16, como autor.
O SR. DR.
THIAGO: Essa
emenda tem sede, Ver. Mauro Pinheiro, na situação que nós temos identificado
aqui na Comissão de Direito do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana,
de que alguns condutores dos aplicativos têm sido descredenciados do aplicativo
sem motivação. Então, é importante que possa se motivar a Prefeitura a dar o
motivo pelo qual ele foi descredenciado. Enfim, em função da nota que recebeu,
em função de alguma irregularidade que praticou, em função de alguma
descortesia que teve, mas que seja motivado o descredenciamento. Então,
singelamente, o que a gente pede é
que se possa ter transparência total nesse processo, ou seja, que o condutor, a
sociedade, a EPTC, os usuários, o consumidor, que é o principal, possam saber
porque que determinado condutor foi descredenciado do sistema. Então,
simplesmente, é isto, que o aplicativo, que a empresa que opera o aplicativo
informe a Prefeitura, a EPTC, o órgão fiscalizador, a motivação do
descredenciamento desse condutor do Uber.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio
Trogildo): Em votação
nominal, solicitada por esta Presidência, a Emenda nº 27, destacada, ao PLE nº
014/16. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA
por
21 votos SIM e 03 votos NÃO
O SR. REGINALDO PUJOL: Presidente, nós já anunciamos, da
tribuna, que a Emenda nº 28 era uma composição – nós votamos contrariamente a
outras emendas aqui –, e o compromisso de aprová-la. Esta Emenda amplia de
cinco para seis anos a duração útil dos veículos a serem operados.
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação a Emenda nº 28, destacada, ao
PLE nº 014/16. (Pausa.) O Ver. Dr. Goulart está com a palavra para encaminhar a
votação da Emenda nº 28, destacada, ao PLE nº 014/16.
O SR. DR. GOULART: Presidente, Ver. Cassio Trogildo; Sras.
Vereadoras e Srs. Vereadores, cá estamos, então, para fazer a aprovação de uma
emenda singela, que passa de cinco para seis anos o período de uso do veículo a
ser utilizado pelos trabalhadores. Parece uma situação que não é tão
importante, mas, aumentando em um ano, a gente faz alguma economia, faz algum
melhoramento. Portanto, o nosso partido se reuniu há pouco e a ideia é de que a
gente aprove essa emenda.
Eu
queria falar ainda uma outra coisa. Antes de voltar para a Câmara, eu tinha
passado pelo DEMHAB e pela SMIC. Na SMIC, a grande palavra de ordem era
desenvolvimento. Depois, não sei o que aconteceu, foi parando tudo, está cheio
de mendigos debaixo das pontes, dos viadutos, tal e coisa, então são
discutíveis as condutas que estão aparecendo por agora, mas, na nossa época, a
palavra era desenvolvimento. Eu lembro que nós tivemos algumas situações iguais
a esta desta noite; por exemplo, uma importante, pessoal, que aconteceu comigo,
foi a chegada da Unimed. A Unimed, quando chegou, fez uma disputa muito maior
do que esta que está acontecendo aqui com a classe médica, com os consultórios
médicos. Ela foi se desenvolvendo de uma maneira tal, e ela era necessária, não
se podia segurar mais, foi tendo, inclusive, laboratórios de sua propriedade,
hospitais nos arredores de Porto Alegre. Essa concorrência praticamente
terminou com uma dimensão do consultório particular, ou melhor, muitos
consultórios fecharam. Mas era impossível que não se aceitasse, de alguma
maneira, o desenvolvimento que a Unimed veio trazer.
Outro
assunto que já não era diretamente pela minha experiência de consultório, mas
como diretor da SMIC – Secretário de Indústria e Comércio, na verdade –, foi
quando chegaram os food trucks. Não
faz muito tempo, os food trucks
chegaram há uns dois ou três anos – não é isso, Secretário? –, trazendo esse
choque com as carrocinhas de menor porte, com as vendas de alimentos mais
simples. Houve esse choque, mas era improvável que a gente tivesse que deixar
parar, ser contra os food trucks. Os food trucks se desenvolveram.
Inclusive, eu pedi para o nosso querido Ver. Delegado Cleiton que retirasse a
regulamentação, o projeto dos food trucks,
porque era baseado no de São Paulo, e o de São Paulo era muito confuso, com
muitas leis, muitos artigos, etc., e nós tínhamos um bem enxuto aqui, que havia
sido feito demoradamente com a Secretaria de Planejamento, com a SMIC e com os
Vereadores desta Casa. Demorou algum tempo, até que saiu um bom regulamento.
Estão aí os food trucks trabalhando,
sabendo das suas limitações regionais, para não atrapalhar os pequenos
negócios.
Isso
aconteceu, depois, mais tarde, aqui conosco, com a chegada do Uber a esta Casa.
Aliás, quero cumprimentar a todos que estão aqui nesta reunião importante. Os
Vereadores, com carinho, estão explicando os seus pontos de vista; e as
plateias, mesmo que em pouquíssimas pessoas neste momento, estão se comportando
de maneira magistral, da maneira como a gente precisava que se comportassem
para levar esse estudo minimamente, discutindo ao máximo naquele mínimo tempo
as suas emendas, que já estão em quase 70, 70 e poucas. Por que eu falo isso? Porque naquela
ocasião em que foi apresentada para votação açodada aqui, eu me coloquei
contra, mas jamais contra o Uber. Quando nós sabíamos que passadas as eleições
nós teríamos bastante tempo para discutir até a raiz do cabelo a situação dos
aplicativos aqui. E quando nós aprovarmos esse projeto...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Em votação nominal, solicitada por esta
Presidência, a Emenda nº 28, destacada, ao PLE nº 014/16. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) APROVADA por 21
votos SIM e 01 voto NÃO.
Está prejudicada parcialmente a Emenda nº 41,
quanto à alteração do inc. VI do art. 10 do PLE nº 014/16, pela aprovação da
Emenda nº 28.
O SR REGINALDO
PUJOL:
Sr. Presidente, eu observo que há um concerto entre as lideranças em virtude de várias situações especiais,
de que neste momento nós interrompamos a análise desse projeto com a
aquiescência geral de que nos restabeleceremos na segunda-feira integralmente e
concluiremos o trabalho na segunda-feira.
O SR. MAURO PINHEIRO (Requerimento): Sr. Presidente, solicito verificação de
quórum.
O SR. PRESIDENTE (Cassio
Trogildo): Solicito
abertura do painel eletrônico para verificação de quórum, solicitada pelo Ver.
Mauro Pinheiro. (Pausa.) (Após o fechamento do painel eletrônico.) Não há quórum.
A SRA. FERNANDA
MELCHIONNA: Sr.
Presidente, a Ver.ª Jussara Cony e eu queremos requerer para que a Sessão seja
segunda pela manhã, para poder vencer o projeto, uma vez que hoje não teve quórum.
O SR. DR.
THIAGO: Sr.
Presidente, o meu encaminhamento é para que seja segunda-feira à tarde, pois
estou aqui presente.
A
SRA. JUSSARA CONY: O Ver. Sgarbossa e eu queremos solicitar, de público, que a
pauta que seria para segunda-feira à tarde, em sessão ordinária, passe
automaticamente para a sessão ordinária de quinta-feira. Isso foi aprovado em
reunião de líder e em plenário.
O
SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Ver.ª Jussara, nós não temos quórum para
deliberar. Então, como a informei aqui, quando V. Exa. me consultou, esse
assunto será deliberado na reunião de líderes de quinta-feira. Não temos mais
quórum para deliberar.
O
SR. MARCELO SGARBOSSA: Sr. Presidente, mas os líderes estão aqui ainda
e, assim como deliberaram sobre segunda-feira, podem deliberar sobre
quinta-feira neste momento.
O
SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Na quinta-feira, deliberaremos sobre a
Sessão de quinta-feira; hoje, deliberaremos sobre segunda-feira.
Está encerrada a Ordem do Dia e suspendo os trabalhos para acordo com
os Líderes.
(Suspendem-se os trabalhos às 18h08min.)
O
SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo – às 18h12min): Estão reabertos
os trabalhos.
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 1371/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 103/12, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que
altera o caput e revoga o parágrafo
único do art. 1º, inclui art. 1º-A e altera o caput e inclui incs. I, II, III, IV e V no art. 3º da Lei nº 8.562,
de 18 de julho de 2000 – que obriga os proprietários de casas noturnas e salões
de baile a identificar, visualmente, de forma individualizada, os funcionários
que atuem na área de segurança –, para obrigar os proprietários de casas
noturnas, locais de espetáculos, eventos e congêneres a identificar os
funcionários que atuem na área de segurança desses estabelecimentos.
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 2011/16 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 206/16, de autoria do Ver. João Carlos Nedel,
que denomina Rua Elisabeth Dri o
logradouro público cadastrado conhecido como Rua Três Mil e Um, localizado no Bairro Mário Quintana.
PROC.
Nº 2219/16 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 221/16, de autoria do Ver. Bernardino
Vendruscolo, que revoga a Lei nº 12.129, de 28 de setembro de 2016 – que
altera o caput do art. 3º-A e o inc.
II do caput do art. 5º da Lei nº
7.855, de 25 de setembro de 1996, e alterações posteriores; altera a ementa e o
art. 2º da Lei nº 10.028, de 20 de julho de 2006; e altera a ementa, o art. 1º,
o caput e os §§ 2º e 3º do art. 2º, o
caput do art. 3º, o caput do art. 4º, o caput do art. 4º-A e o art. 5º da Lei nº 10.428, de 6 de maio de
2008, alterada pela Lei nº 10.939, de 2 de agosto de 2010; denominando Nico
Fagundes o Acampamento Farroupilha.
O SR.
PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, nós estamos cumprindo, agora, a 2ª Sessão de Pauta de um projeto do
Ver. Bernardino Vendruscolo, que revoga a Lei nº 12.129, de 28 de setembro de
2016, alterando o caput do art. 3º-A e o inc. II do caput do art. 5º da Lei nº
7.855, de 25 de setembro de 1996, e alterações posteriores; altera a ementa e o
art. 2º da Lei nº 10.028, de 20 de julho de 2006; e altera a ementa, o art. 1º,
o caput e os §§ 2º e 3º do art. 2º, o caput do art. 3º, o caput do art. 4º, o
caput do art. 4º-A e o art. 5º da Lei nº 10.428, de 6 de maio de 2008, alterada
pela Lei nº 10.939, de 2 de agosto de 2010; denominando Nico Fagundes o
Acampamento Farroupilha. Então, passando hoje em 2ª Sessão de Pauta, será
imediatamente encaminhado aos setores competentes da Casa, para que comecem as
suas tramitações e, posteriormente, remetido à Comissão de Constituição e
Justiça para a devida análise dessa proposição do Ver. Bernardino Vendruscolo.
Reafirmo: é de grande relevância, porque envolve um assunto polêmico, em que o
Vereador, evidentemente, provoca a rediscussão sobre um tema que, a meu juízo, data vênia, não foi bem discutido, eis
que ocorreu numa conclusão de trabalhos durante a nossa Sessão Ordinária, e,
evidentemente, ninguém se manifestou nesse particular. Evidente, que se
tratando da revogação de um dispositivo de lei, é possível que haja discussão,
inclusive, com relação ao quórum que será necessário para que tal ocorra. De
qualquer sorte, quero, como integrante da Bancada do autor da proposta, dizer
que nós não seremos nenhum obstáculo para que o sodalício da Casa revigore a
sua decisão ou renove a sua decisão. Eu, principalmente, já cogito de
apresentar essa proposta do Vereador e num gesto de eventualmente revigorar a
lei, incluir uma emenda que era a proposta do MTG, que foi discutida na
Comissão de Cultura da Câmara Municipal, proposta essa que mantinha uma
homenagem, mas não alterava o nome do Acampamento Farroupilha, e estabelecia
que a praça central do Parque da Harmonia, Parque Maurício Sirotsky Sobrinho,
receberia a denominação de Nico Fagundes. Parece-me que era uma logicidade
imensa garantir àqueles que queriam homenagear esse tradicionalista do Rio
Grande do Sul, de grande mérito, que já foi por esta Casa homenageado,
inclusive por iniciativa minha, quando lhe concedi a outorga da Comenda Glaucus
Saraiva na sua primeira edição.
Por
isso, Sr. Presidente, mesmo depois desta tarde movimentada, eu quero
estabelecer, frisar e acertar a relevância dessa matéria e a conveniência de
que a mesma terá uma discussão séria, para que nós possamos, nesse ano
legislativo, sem dúvida, o mais breve possível, sobre ela deliberar. Era isso,
Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a
palavra para discutir a Pauta.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Primeiramente, eu quero cumprimentá-lo, Ver.
Reginaldo Pujol, porque em aprovar a revogação, nós estaremos, sim, consertando
um momento em que eu posso qualificar como acidente de trabalho – aquele
momento da votação. Aqueles que estão aqui hoje nos acompanhando sabem, estão
confirmando que a Casa, em alguns momentos, fica muito dinâmica, e, às vezes,
nós acabamos votando, e foi o caso. Esse projeto foi votado sem uma discussão.
Foi citado, quando do encaminhamento, tão somente o número do projeto, e não
foi debatido. O projeto não estava apontado como um projeto a ser aprovado
naquele dia, mas o autor, evidentemente, dentro da sua legitimidade, fez o
encaminhamento, e esse projeto foi votado de forma simbólica. Esse projeto diz
respeito, hoje lei, alterando o nome do Acampamento Farroupilha. E aqui fala
alguém que foi amigo do Nico Fagundes – o próprio Nico, se estivesse aqui, não
aceitaria. E é verdade, concertou o Líder do Governo e do partido do
proponente, Ver. Reginaldo Pujol, quando confirma o que, numa reunião, na CCJ,
da qual eu participei, ficou definido que nós mudaríamos o projeto e deixaríamos
para o próprio autor fazer uma emenda e nominar um equipamento, um local do
Acampamento Farroupilha com o nome de Nico Fagundes. Porque o Acampamento
Farroupilha veio de um desejo da sociedade rio-grandense e porto-alegrense dos
cultos aos nossos costumes e uma valorização permanente do momento histórico do
Rio Grande do Sul, que foi a Revolução Farroupilha.
Então o Acampamento surgiu da vontade popular, foi algo que brotou do
sentimento dos gaúchos. E me parece que seria demasiadamente quase atrevida essa
vontade de um Parlamento, Ver. Dr. Thiago, querer interferir na vontade do
sentimento popular. Por isso nós defendemos que o Acampamento Farroupilha volte
a se chamar Acampamento Farroupilha. E Oxalá, faço outra observação: esse
espaço hoje, onde acontece o Acampamento Farroupilha, tem dois nomes, Parque da
Harmonia e Parque
Maurício Sirotsky Sobrinho. Quem sabe, não chegou o momento de nós
definirmos uma parte como Parque
Maurício Sirotsky Sobrinho e outra parte como Parque da Harmonia,
nós estaríamos contemplando e acertando, de uma vez por todas, essa condição
que foi criada também – o Ver. João Bosco falou – há 15 anos. Então fica aqui
também essa observação aos colegas para pensarem, quem sabe, até numa proposta
coletiva, em razão de que esses assuntos são muito polêmicos. Agora, nós
precisamos observar uma coisa: não se pode enfrentar mudanças de nomes de
lugares que brotaram do sentimento do povo. Temos que parar um pouco de mudar
nomes. Posso citar aqui, para não polemizar: Rua dos Andradas. É rua da Praia! É só como exemplo, e fico por aqui.
Então, assim, não vamos mexer mais naquilo que o povo nominou, vamos
regulamentar! Essa é a minha vontade, um abraço.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra
para discutir a Pauta.
O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, Vereadores, povo que nos
assiste, vou falar aqui em 1ª Sessão de Pauta, sobre o PLL nº 103/12, de
autoria Ver. Márcio Bins Ely, que altera o caput e revoga o parágrafo único do
art. 1º, inclui art. 1º-A e altera o caput e inclui incs. I, II, III, IV e V no
art. 3º da Lei nº 8.562, de 18 de julho de 2000 – que obriga os proprietários
de casas noturnas e salões de baile a identificar, visualmente, de forma
individualizada, os funcionários que atuem na área de segurança –, para obrigar
os proprietários de casas noturnas, locais de espetáculos, eventos e congêneres
a identificar os funcionários que atuem na área de segurança desses
estabelecimentos. Há vários registros em Porto Alegre de boates, casas de
eventos, de jovens sendo agredidos por seguranças despreparados. Então, é muito
importante isso. Hoje a Brigada Militar, os próprios agentes da Guarda
Municipal, da própria EPTC quando em serviço são identificados. Então, se uma
empresa está prestando segurança em um evento de grande proporção, nada mais
justo que esses agentes que lá estão, que estão ali para preservar a vida das
pessoas, garantir a integridade física das pessoas, tenham uma identificação.
Então, viemos aqui parabenizar o Ver. Márcio por este projeto, já que
semanalmente há registros de jovens agredidos nessas casas. Eu, mesmo, no meu
gabinete, houve um caso de um rapaz que trabalha comigo que, no ano passado,
quando saiu de uma festa, numa casa dessas, sofreu uma agressão, e tivemos
dificuldade de identificar o agressor. Então, é um projeto de grande
relevância.
Queria
falar também, aproveitando este tempo, que hoje, na manhã e na tarde, tínhamos
a expectativa de entrar à noite, encerrando a questão dos aplicativos. Mas
avançamos na regulamentação dos aplicativos e esperamos que em breve esta Casa
também avance na lei dos táxis. A cidade de Porto Alegre começa a viver com os
dois modais e esperamos que a Prefeitura encaminhe o mais rápido possível a
esta Casa e não faça como fez na questão do transporte individual. Aproveitando
que o Secretário da EPTC ainda se encontra nesta Casa, peço que façam rápido, e
também encaminhem as questões de transporte escolar, de lotação, do frete para
que possamos rapidamente discutir o restante de aplicativos para esse resto de
sistema de transporte. Ou que o Prefeito o faço através de decreto, como outros
prefeitos também já fizeram. Muitas vezes subi aqui, nesta tribuna, e defendi
que o Prefeito Fortunati fizesse a regulamentação do sistema de aplicativo
através de decreto, como foi feito em São Paulo, Belo Horizonte, agora mesmo
foi feito em Vitória, foi feito no Rio de Janeiro. Então, peço que resolvam as
questões das lotações, do transporte escolar, fretes e até a questão do
transporte de ônibus em Porto Alegre através de decreto, ou que encaminhe a
esta Casa para que nós discutirmos e não gerar toda essa polêmica e clima que
gerou em Porto Alegre.
Viu-se
que com diálogo, tendo direitos iguais para taxista e trabalhadores de
aplicativos, a Cidade pode conviver. Há coisas ainda a serem feitas, esperamos
que, quando o Prefeito receber o projeto e fizer a sua regulamentação, ele
corrija algumas coisas que ficaram de fora. Com muita força e fé, nós vamos
melhorar a vida dos trabalhadores de transporte em Porto Alegre. Muito
obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Cassio
Trogildo): Estão
encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 18h29min.)
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